Em Maceió, fiéis celebram festa em honra da padroeira da arquidiocese e da capital

Desde o último domingo (17) os maceioenses estão celebrando a festa em honra a padroeira da arquidiocese e da capital alagoana, Nossa Senhora dos Prazeres. Considerada uma das mais tradicionais do Estado, a festa reúne fiéis de toda a capital e também de cidades vizinhas na Catedral Metropolitana de Maceió até o dia 27 de agosto. Neste ano o tema central da festividade contempla a encíclica ‘A Alegria do Evangelho’ do Papa Francisco e também a missão de Maria na evangelização.

De acordo com o reitor da Catedral, padre Lídio José Tenório Torres, o tema tem como finalidade despertar os fiéis para o comprometimento com a Igreja. “O tema ‘A Alegria do Evangelho’ complementado com a presença de Maria, esposa de Deus, Mãe da Evangelização é reforçado a cada dia com um trecho do documento para incentivar o estado de missão que cada cristão possui”. A encíclica inserida na temática da festa cumpre ainda outra intenção ao transmitir uma mensagem de esclarecimento à fé dos fiéis “em tempos de fundamentalismos religiosos”, completa o reitor. Uma novidade na festa desse ano é a entrega da imagem centenária da padroeira totalmente restaurada. 

Na programação diária, os devotos podem participar do novenário em três horários: às 6h, 15h e 19h. No dia da solenidade, 27 de agosto, o tema reflete sobre ‘Maria, a Mãe da Evangelização’. A Missa Solene em honra à padroeira acontece às 9h, presidida pelo arcebispo de Maceió, Dom Antonio Muniz Fernandes. O bispo da Diocese de Crato (CE), Dom Fernando Panico será o pregador da celebração.

No período da tarde, às 15h, os fiéis participam da procissão que este ano terá um novo trajeto. A caminhada sai como de costume da Catedral e tem como destino o Santuário da Divina Misericórdia João Paulo II e Irmã Dulce, também conhecido como ‘Papódromo’. Os fiéis irão refazer o mesmo trajeto realizado pelo então Papa João Paulo II em sua visita a Maceió em 19 de outubro de 1991. Segundo o reitor esse momento representa o carinho de todos fiéis e manifesta uma bênção especial da Padroeira ao novo Santuário. “O Santuário receberá pela primeira vez os fiéis guiados por Nossa Senhora”, sublinha padre Lídio.

No Santuário, o arcebispo preside a missa solene e a consagração da Arquidiocese de Maceió a Nossa Senhora dos Prazeres.

História da devoção

A devoção a Nossa Senhora dos Prazeres tem sua origem em Portugal por volta do ano de 1599 com o encontro de uma imagem da Virgem Maria em uma fonte de água. Mais tarde a imagem desapareceu e foi encontrada em um poço. Nesse local, uma menina contou que a Virgem Maria, em uma aparição, manifestou o desejo de que fosse venerada sob o título de Nossa Senhora dos Prazeres. No local foi erguida uma ermida e assim a veneração de Nossa Senhora dos Prazeres tornou-se popular.

Nossa Senhora dos Prazeres é representada com o Menino Jesus nos braços e sob os pés aparecem sete flores, correspondentes às suas sete maiores alegrias. É a mesma Nossa Senhora das Sete Alegrias, devoção de origem franciscana.

No Brasil, diversas igrejas são dedicadas à veneração da Virgem Maria sob este título. Em Maceió, a devoção foi incentivada pelo capitão Apolinário Fernandes Padilha, no início do século 19. Devoto de Nossa Senhora dos Prazeres ele trouxe uma imagem de Portugal em cumprimento de uma promessa e assim contribui na divulgação da devoção na capital alagoana.

A Catedral Nossa Senhora dos Prazeres tem como data do lançamento da pedra fundamental de sua construção o dia 22 de julho de 1840. Em 1859, cônego Afonso de Albuquerque abençoou o novo templo e a imagem da Padroeira, que é a mesma venerada até os dias atuais na Catedral Metropolitana.