Por Redação A12 Em Igreja Atualizada em 16 JUN 2020 - 16H33

Arquidiocese do Rio prepara cartilha de orientações para reabertura

Na reunião remota do governo arquidiocesano, no último dia 25 de maio, conduzida pelo arcebispo metropolitano, Cardeal Dom Orani João Tempesta, com a participação dos bispos auxiliares e vigários episcopais, foi discutido sobre a elaboração de uma cartilha de orientações para a reabertura das paróquias na cidade do Rio de Janeiro.

Por enquanto, os templos continuarão fechados e as missas transmitidas somente através de meios de comunicação.

Allan Ribeiro/A12
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Dom Orani afirma que tudo continuará como está: "Com a participação das pessoas através das mídias, com o desejo de retornar ao templo".


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Segundo o arcebispo, o compromisso da Igreja é com a vida. “Tudo continuará como está, com a bonita participação das pessoas através das mídias, com o desejo de retornar ao templo. Nossa preocupação é com a vida humana e espiritual. Queremos bem às pessoas e que, ao mesmo tempo, tenham vida com saúde. A Igreja tem a responsabilidade de defender a vida, desde a concepção até a morte natural. Por isso, enquanto não houver mudança no cenário da pandemia, continuaremos trabalhando para um possível retorno no momento adequado, comentou.

Na reunião de governo, Dom Orani explicou que a Igreja tem se preparado para o período pós-pandemia, quando os templos poderão receber fiéis, porém, de forma gradativa. “No primeiro momento, tivemos a orientação das autoridades governamentais e sanitárias para que fossem evitadas aglomerações. Depois, fomos orientados a permanecermos em casa e, dessa forma, as missas presenciais foram suspensas. Agora, nos preparamos para um futuro retorno, de forma que, quando isso for possível, não sejamos surpreendidos. Claro que esse retorno se dará de forma gradativa, tal como na Europa”, disse.

De acordo com o Cardeal Tempesta, um estudo tem sido feito, a partir das experiências da Europa, com o intuito de adaptá-las e aplicá-las na arquidiocese carioca. “Há algumas semanas, temos consultado diversas conferências episcopais, principalmente as europeias, que já tiveram orientações acerca do retorno das celebrações presenciais, e fizemos um resumo das várias experiências e de como podemos adaptá-las à realidade do Rio de Janeiro”, explicou.

Leia MaisCNBB envia aos bispos orientações para retorno às atividadesO arcebispo também contou sobre a produção de uma espécie de cartilha, que será distribuída às paróquias, sobre como proceder durante o retorno das missas presenciais.

"O objetivo é criarmos uma cartilha de orientação que será entregue a todas as paróquias da arquidiocese, com orientações sobre como higienizar os templos, como realizar o controle da quantidade de fiéis, que será de apenas um terço da capacidade total, e o distanciamento entre eles. Há, também, a contribuição da Comissão de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural da Arquidiocese do Rio, que tem nos orientado sobre como zelar pelos patrimônios culturais, de modo que estes não sejam danificados”, esclareceu.

Além disso, representantes de cada vicariato territorial, sacerdotes e religiosos foram enviados ao curso de capacitação em desinfecção para prevenção e controle da Covid-19, na Marinha do Brasil, que contou com a presença de sanitaristas e infectologias, os quais deram orientações pertinentes e que também serão inseridas na cartilha. O governo diocesano também contribui com orientações acerca da distribuição da Comunhão e ritos litúrgicos.

A previsão é que a cartilha seja entregue às paróquias em duas semanas. “Os párocos deverão estudar as orientações, bem como capacitar os voluntários para a higienização do templo, bem como as atividades relacionadas ao controle de pessoas e distanciamento, além de providenciar os produtos necessários. Tudo isso leva um tempo. Vivemos em uma grande cidade e em uma grande arquidiocese, com 274 paróquias e mais de mil capelas. Quando a pandemia tiver num número reduzido de mortes e infectados, nós já estaremos preparados para receber as pessoas. Porém, por enquanto, ainda não temos data para esse retorno”, afirmou o arcebispo.

Mesmo após a reabertura gradativa dos templos, haverá ainda uma restrição para as pessoas consideradas grupo de risco. Aqueles que pertencerem ao grupo de risco, serão convidados a participarem da missa ainda via on-line, que continuarão sendo transmitidas. Da mesma forma, os sacerdotes idosos que não se sentirem seguros para celebrar, poderão contar com o auxílio do vigário episcopal ou do sacerdote vizinho mais jovem. Já para aqueles que quiserem presidir o culto, não poderão distribuir a Eucaristia, nem mesmo ter aproximação dos fiéis” ,enfatizou Dom Orani.

Fonte: Arquidiocese do Rio

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