ANO LITÚRGICO A
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
Nosso Deus é ansioso de comunicar-se conosco. “Muitas vezes e de muitos modos” falou aos antepassados pelos profetas. “Nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho”, o “herdeiro de todas as coisas”, pelo qual “criou o universo” e o “sustenta... com o poder de sua palavra”. Que divina grandiosidade ele nos envia!
Esse Filho era “a Palavra” que sempre esteve com o Pai e “era Deus”. “A Palavra” por excelência que o Pai sempre quis nos dizer ou revelar. E a certa altura, é o mistério que hoje celebramos, “a Palavra se fez carne e habitou entre nós”. Jesus é tudo o que o Pai nos quis e sempre quer dizer: sem deixar de ser Deus, faz-se inteiramente humano para que de nós humanos, unindo-nos a ele, ele nos faça divinos, verdadeiros filhos e filhas do Pai nele-Filho.
Sua encarnação, ao assumir nossa condição de criatura, não o fez menos Deus do que sempre foi: “quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: ‘Todos os anjos devem adorá-lo!’” Igualmente, quando volta para o seio da Trindade, após nos purificar dos pecados “sentou-se à direita da majestade divina”, acima dos anjos. Sim, a nenhum anjo, mas só a ele Deus diz: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”, e ainda “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um filho”.
Então Jesus-Filho é “a Palavra” do Pai para a humanidade. Nele, o Pai quer ter a todos como filhos e filhas. Para isso, enviou o Batista para dar testemunho dele, apontá-lo como a Luz, a Vida, o Filho, e tudo fazer “para que todos chegassem à fé por meio dele”. Pelo Batista, chegarmos ao Filho e principalmente nele crermos, isto é, aderir a ele, assimilá-lo em nossas vidas, tornar-nos Jesus-Filho.
Mas, esse máximo dom do Pai, alguns o rejeitaram: “veio para o que era seu, e os seus não a (a Palavra) acolheram”. Mas, rejeição não vence o Amor, que é absoluta gratuidade. Assim, “a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus”, acreditando no Filho, nascendo para Deus.
Aos que o acolhem, realiza-se o sonho de Isaías: os vigias de Sião, “levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor”. Pela primeira vez e para sempre, vem em pessoa para o meio de nós, pois “a Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer”. Sim, ele mesmo nos disse: “quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9).
Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R.
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