ANO LITÚRGICO A
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
“Abri as portas para que ele possa entrar!” É o Pai urgindo com cada um de nós. O Advento, tempo de preparar corações para seu Filho, está chegando ao fim. O Pai não desiste de seu sonho: a partir de um descendente do rei Davi, ele ver sua divina presença tão perfeita e visível na terra a ponto de seu nome, revelando sua identidade, ser “Emanuel”, isto é, “Deus está conosco”.
Com o davídico Acaz ele resgata uma vez mais seu sonho. Ezequias, filho de Acaz, foi grande, mas nem de longe podia ser definido como “Emanuel”.
Nas palavras de Paulo, Jesus realiza e em plenitude aquele sonho. Jesus é “o Evangelho de Deus”, prometido através dos profetas nas Escrituras, “seu Filho descendente de Davi segundo a carne”. Sim, plenamente humano e davídico. Mas, ao mesmo tempo, “autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de Santidade que o ressuscitou dos mortos”. Se igualmente Filho de Deus, então era plenamente o Emanuel.
Mateus nos resgata essa plena realização do sonho-promessa do Pai. Maria, prometida em casamento a José, “antes de viverem juntos, ficou grávida pela ação do Espírito Santo”. Com o consentimento de Maria, na ação do Espírito, Jesus é o Filho eterno do Pai, é Deus. E concebido e gestado no seio de Maria, ele é também igualmente seu Filho, tão humano como a mãe!
Mas, José, “Filho de Davi”, dando “o nome de Jesus” ao Filho de Deus e Filho de Maria, assume igualmente a paternidade dele. Então, por José, Jesus é igualmente Filho de Davi. Sem a atuação generativa de José, substituído pelo Espírito Santo, humanamente Maria permanece virgem e ao mesmo tempo concebe Jesus. Assim, se cumpre também a promessa feita ao Acaz davídico, que um seu descendente teria por nome-identidade “Emanuel”, “Deus está conosco”.
O Emanuel está aí. E como lhe abrir as portas da vida? O Salmo fala das condições de ir até ele: “quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” Mas, podemos entender esse encontro em vez de irmos até ele, como sendo vinda dele até nós. E a resposta é a mesma: “quem tem mãos puras e inocente o coração, quem não dirige sua mente para o crime”.
O coração humano aberto e acolhedor ao irmão e irmã, é a porta escancarada para acolher Jesus que vem nos dar força para crescermos mais e mais nessa mesma vida divina na terra, até um dia chegarmos à sua plenitude, nos céus.
Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R.
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