Por Eduardo Gois Em Igreja Atualizada em 09 NOV 2017 - 15H37

Dom Damasceno fala de parceria com Dom Cláudio Hummes em livro

Com histórias inéditas, relatos pessoais e confidenciais, o Cardeal Arcebispo Emérito de Aparecida Dom Raymundo Damasceno e o Cardeal Emérito de São Paulo Dom Claudio Hummes trazem no livro “Nossa Senhora Aparecida e o Papa Francisco” entrevistas e textos exclusivos sobre a relação do Pontífice com a Padroeira do Brasil, diretamente do Vaticano. Muitos Papas demonstraram amor por essa que é uma das aparições marianas mais importantes do mundo. No entanto, Papa Francisco – o primeiro Papa latino-americano – entende como nenhum outro o tamanho da importância de Nossa Senhora Aparecida.

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No livro é possível entrar em contato com a percepção e a admiração de Francisco pela Santa, além de toda a trajetória destes dois ícones que se cruzaram por diversas vezes. Para falar um pouco sobre o livro o Portal A12 bate um papo com Dom Raymundo Damasceno.

Portal A12 – De que forma nasceu a ideia de escrever o livro e por quais motivos é feito por uma dupla de cardeais?

Cardeal Raymundo Damasceno Assis - A ideia de escrever o livro “Nossa Senhora Aparecida e o Papa Francisco” nasceu de uma conversa informal entre Dom Claudio, o Sr. Kater Filho e eu, ao comentarmos a grande devoção do povo brasileiro à Nossa Senhora Aparecida. O assunto foi provocado pelo Ano Jubilar dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, no Rio Paraíba do Sul e pelo Ano Mariano proclamado pela CNBB.

Ao falar de Aparecida, surgiu espontaneamente a conversa sobre a presença do então Cardeal Mário Bergoglio em Aparecida, durante a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho em 2007 e, depois, já eleito Papa, em 2013, quando da sua visita ao Santuário para confiar à proteção de Nossa Senhora Aparecida a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.


A12 - Neste livro será possível entender qual a opinião, a percepção e a admiração de Francisco por Nossa Senhora Aparecida?

Dom Raymundo Damasceno - Na sua visita ao Santuário Nacional o Papa Francisco deu-nos, através de gestos simples e espontâneos, exemplo de amor e devoção a Nossa Senhora e de apreço pela piedade popular. Antes de deixar Aparecida, me pediu várias cópias da Imagem de Nossa Senhora Aparecida para levar de presente aos funcionários da Casa Santa Marta, onde ele reside. A réplica da Imagem de Nossa Senhora Aparecida que lhe ofereci, antes da Celebração Eucarística, ele a beijou e a acolheu com tanto carinho e acrescentou: “Esta vai comigo no avião até o Rio de Janeiro e, depois, até Roma”.

Na inauguração do monumento de Nossa Senhora Aparecida, nos Jardins do Vaticano, a sua presença não era esperada. O Cardeal do Governatorato do Estado do Vaticano me disse que o Papa não iria a esta inauguração. Para surpresa do Cardeal e dos presentes, o Papa Francisco fez questão de estar presente na inauguração e disse nas poucas palavras que pronunciou nesta ocasião: “Agora ela está mais próxima de mim”, ao referir-se ao monumento e a impossibilidade de voltar a Aparecida como havia prometido em 2013.

A12 - O que ficou de marcante para o Santo Padre, após a visita de 2013 ao Santuário Nacional?

Dom Damasceno - O Papa Francisco certamente percebeu mais uma vez a riqueza da piedade popular do povo brasileiro. O Documento de Aparecida, nas suas palavras, foi fruto das orações, cantos, clamores e ações de graças dos peregrinos que acompanharam e sustentaram os trabalhos dos delegados da V Conferência.

A experiência do Cardeal Bergoglio em Aparecida foi muito significativa, de modo que não se pode entender o Papa Francisco e sua encíclica programática, no início do seu pontificado, Evangelii Gaudium, sem o Documento de Aparecida.

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