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Desastre de Chernobyl e a realidade do "pecado ecológico"

Escrito por Redação A12

25 ABR 2024 - 16H46 (Atualizada em 26 ABR 2024 - 14H35)

Milan Sommer/Shutterstock

38 anos, no dia 26 de abril de 1986, ocorria o desastre de Chernobyl, o acidente nuclear que aconteceu em Pripyat, cidade soviética localizada na atual Ucrânia, em que um reator explodiu e lançou grande quantidade de material radioativo na atmosfera em que muitos sofrem até hoje com as consequências.

No Sínodo da Amazônia, em 2019, surgiu um tema bastante interessante sobre a inclusão de um novo conceito no Catecismo, o “pecado ecológico” ou em outras palavras, o pecado contra a natureza, por meio do entendimento do Papa Francisco.

Leia MaisUma compreensão sobre o “pecado ecológico”Na memória de 35 anos do desastre em 2021, a Vatican News buscou entender a realidade das áreas ao redor de Chernobyl, cuidada pela Arquieparquia de Kiev, onde o padre Roman Romanovych era responsável pela questão ambiental, na época.

“O nosso bem-estar e o das gerações futuras depende do nosso empenho. Prevenir catástrofes como a de Chernobyl é fundamental, assim como é preciso educar para a responsabilidade com a criação, fazendo também com que as pessoas entendam o conceito de pecado ecológico, porque sem água limpa, ar e alimentos, não há vida”.

Tragédia que se estende por décadas

Todo o planeta foi afetado pelas consequências do que aconteceu em Chernobyl: a contaminação de dezenas de milhares de quilômetros quadrados de terreno, a transferência forçada de centenas de milhares de pessoas e, não menos importante, somaram-se às vítimas a continuação da guerra, o desmatamento dos Cárpatos e a extração descontrolada do âmbar.

Em 2006, um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que ao menos 4 mil pessoas em vários países morreram nos anos seguintes à tragédia. A nuvem radioativa teria provocado doenças, como câncer de tireoide. Os casos de câncer aumentaram de forma considerável na população ucraniana e bielorrussa, além dos casos de doenças cardiovasculares também terem aumentado.

Até hoje, é possível identificar pessoas com problemas de saúde vindos de contato com aquela radiação e até bebês nascendo com doenças decorrentes da exposição de seus familiares ao material radioativo.

Diante da Guerra da Ucrânia, em fevereiro de 2022, as forças da Rússia tomaram controle da antiga usina nuclear. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky expressou preocupação, sendo respaldado pelo Ministério das Relações Exteriores ucraniano de que um ataque poderia causar outro desastre ecológico. Foi montado um acampamento russo que durou até abril, quando a Ucrânia montou um contra-ataque bem sucedido para proteger a região.

Fonte: Vatican News/Gazeta do Povo

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