Nesta Quinta-feira Santa (28), a Igreja celebra a bênção dos Santos Óleos. É nesta última missa antes do Tríduo Pascal, mais conhecida como “Missa do Crisma”, em que se abençoam os óleos que serão usados nas cerimônias sacramentais do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos (usado nas pessoas que se encontram doentes) e Ordenação.
A unção com os óleos bentos vem do Antigo Testamento, quando era utilizada para consagrar os reis, sacerdotes e profetas. Segundo Dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para os cristãos, o sentido dos óleos é que também participamos do sacerdócio de Cristo, e somos com ele mortos, sepultados e ressuscitados. Por isso essa liturgia se insere antes do Tríduo Pascal que irá celebrar esses mistérios.
“O óleo é vida e Cristo é a vida plena. Essa vida de Cristo é participada pelo sacerdócio ministerial e distribuída através dos sinais sacramentais do Batismo, Crisma e Unção dos enfermos”, diz Dom Ricardo. Além dos óleos dos Enfermos e do Santo Crisma, na celebração é preparado o óleo dos Catecúmenos.
O que significa ser um Catecúmeno?
Esta palavra provém do termo grego “kat-eco” que significa fazer eco, ou seja: instruir por palavra. Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno.
O catecumenato é, no Cristianismo, o período de formação do fiel adulto em preparação para o batismo.
“Trata-se de uma formação e de uma aprendizagem de toda a vida cristã, mediante a qual os discípulos se unem com Cristo, seu mestre. Por conseguinte, sejam os catecúmenos convenientemente iniciados no mistério da salvação, na prática dos costumes evangélicos, e, com ritos sagrados a celebrar em tempos sucessivos, sejam introduzidos na vida da fé, da Liturgia e da caridade do povo de Deus”, diz o parágrafo 1248 do Catecismo da Igreja Católica.
A palavra “Catecúmeno”, muito presente no vocabulário atual da Igreja, é, na verdade, muito antiga. Com raízes já no Novo Testamento, era uma expressão constante na Igreja dos Primeiros Séculos.
A partir do século II, foi se organizando o “catecumenato”, importante instituição para a vida da Igreja, especialmente nos séculos IV e V. Era uma expressão da seriedade que a Igreja dava à preparação religiosa para as pessoas receberem os sacramentos. A partir do século V, o catecumenato entrou em decadência e praticamente os catecúmenos desapareceram. Talvez uma das razões para tanto foi o incremento do batismo de crianças.
Nos dias atuais, o catecumenato voltou com todo vigor a ser praticado na Igreja, e os catecúmenos vem aumentando cada vez mais. Isto praticamente é consequência da reforma proposta pelo Concílio Vaticano II, que inclusive encaminhou a redação do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos e o propôs para toda a Igreja.
Assim, o acesso ao mistério não é somente através de ensino teórico, ou aquisição de certas habilidades. É preciso ser iniciado a essas realidades maravilhosas através de experiências que marcam profundamente a pessoa. Os ritos e celebrações existem para isso. Outro elemento importante é o envolvimento das famílias dos catecúmenos. A vida familiar deve tornar-se um itinerário de educação da fé. Os pais cristãos devem esforçar-se para retomar no ambiente familiar a formação que recebem de fora e podem constituir-se em itinerário de educação da fé.
Este processo de iniciação cristã objetiva ter cristãos comprometidos e imersos nas grandezas do mistério da fé e pode levar à inclusão e acolhimento de todos que precisam e tem direito de se sentirem amados por Deus e descobrir o mistério da pessoa de Jesus Cristo e os mistérios do Reino, assumir compromissos, viver a espiritualidade requerida pela moral cristã que exigem uma verdadeira conversão no cotidiano de cada um de nós.
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