História da Igreja no Brasil – XXI
01. A 3ª república (1945-1964) ou República popular - desenvolvimentista:
A partir de 1945, com o fim da 2ª Grande Guerra, o Brasil aos poucos voltou à normalidade constitucional. Neste tempo aconteceram diversas reformas administrativas e econômicas. A principal mudança política se deu com a criação de novos partidos políticos. Tivemos, porém, um período de instabilidade entre a morte de Getúlio Vargas (24 de agosto de 1954) e a presidência de Juscelino Kubistchek.
Os presidentes deste período:
General Eurico G. Dutra (1946-50)
Getúlio Vargas (1950-54)
Café Filho (1954)
Carlos Luz (1955)
Nereu Ramos (1955-6)
Juscelino Kubistchek (1956-1960)
Jânio Quadros (1961)
João Goulart (1961-64)
O período posterior ao governo de Juscelino Kubistchek foi marcado por muitas agitações e instabilidade.Durante muito tempo o suicídio de Getúlio Vargas também repercutiu.Paralelo a isso havia a pressão política dos militares e esta só cresceu após a renúncia de Jânio Quadros, apesar da experiência parlamentarista entre 1961 e 1963 com Tancredo Neves.
Profundas transformações econômicas e sociais:
O fim da década de 50 e o começo da década de 60 trouxeram profundas transformações no país, aceleradas pela Mudança da capital federal, interiorização do desenvolvimento e criação de novos ministérios com Jânio Quadros.
02. O golpe e a Ditadura Militar (1964-1985):
Jânio Quadros renunciou em 1961 depois de apenas 07 meses na presidência. Depois dele governou o presidente da câmara Ranieri Mazzilli, pois o vice – presidente, João Goulart, encontrava – se fora do Brasil.
Um ato adicional à constituição de 1946 aprovou o parlamentarismo que funcionou entre 1961 a 1963 tendo a princípio Tancredo Neves como presidente do Conselho de Ministros. Em janeiro de 1963 a experiência foi rejeitada.
João Goulart governou de 1961 a 1964, tendo contra si os militares, e por isso em 31 de março de 1964 aconteceu o Golpe Militar que depois levaria o país a ditadura militar.
Os Motivos alegados para o Golpe foram asituação econômica difícil com alta inflação e tendência esquerdista do governo Goulart. Neste período, por pressão dos Estados Unidos, o grande terror era o comunismo, por isso mesmo, o golpe militar só foi possível por causa do apoio e pressão dos EUA.
Uma junta militar assumiu o governo e por um ato institucional modificou a constituição de 1946. A11 de abril de 1964 o Marechal Castelo Branco era indiretamente eleito como presidente pelo Congresso Nacional.
A) Os presidentes militares:
Castelo Branco (1964 - 1967)
Costa e Silva (1967 - 1969)
Junta Militar (1969)
Emílio Garrastazu Médici (1969 - 1974)
Ernesto Geisel (1974 - 1979)
João Figueiredo (1979 - 1985)
Características dos Governos Militares:
B) A Constituição de 1967:
Substituiu a de 1946 e fortaleceu o poder executivo, implantou o regime de segurança nacional. Entrou em vigor a 15 de março de 1967 juntamente com o 2º governo militar.
C) A crise política e a ditadura militar de 1968:
Aos poucos foi crescendo a oposição às atribuições e poderes especiais dos governos militares. O ano de 1968 ficou marcado pelas grandes agitações e reivindicações reformistas em várias capitais do Brasil.
Neste mesmo ano, depois da morte do Presidente Costa e Silva o governo foi assumido por uma junta militar. Com o Presidente Médici veio a fase mais dura da Ditadura Militar com as restrições impostas pelo regime e pela cassação dos direitos individuais. Neste tempo, governando através dos tristemente célebres Atos Institucionais, impôs – se a censura aos meios de comunicação e os direitos políticos de muitos oposicionistas foram cassados. Muitos militantes viram – se obrigados a agir na ilegalidade ou exilar – se no exterior.
Ação do governo:
A reforma da constituição de 1967:
Pela emenda nº 01 a Constituição de 1967 foi reformada e depois foi promulgada a 17 de outubro 1969, junto com a tomada de posse de Emílio Garrastazu Médici. Ela aumentou ainda mais o fortalecimento do poder executivo e acrescentou 58 artigos à constituição de 1967.
D) Avaliação dos governos militares:
Se a princípio, a Igreja Católica apoiou o regime militar, organizando, inclusive, a Marcha da Família, pouco tempo depois, percebendo os males intrínsecos do regime, colocou – se na oposição, coordenando muitas forças e movimentos que lutavam pela volta ao “Estado de Direito” e a reconstitucionalização do país. Entre estes movimentos destacamos a campanha pelas “Diretas Já” que mobilizou milhões de pessoas pelas ruas e praças do país.
Na Igreja o grande destaque foi a ação de muitos bispos, figuras de proa na liderança nacional.
Apesar de vários progressos no campo econômico e social, os governos militares não conseguiram a restauração econômica e financeira do país.
Se o Regime Militar fez com que o Brasil passasse por uma fase de grande desenvolvimento econômico, por outro o preço que pagamos foi muito alto, pois aumentou a dependência externa. Criou um falso Brasil – o Brasil "O milagre Brasileiro", em troca do aumento da dependência externa, do endividamento externo e da alta inflação.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.