Por Redação A12 Em Santo Padre

Papa pede para cristãos superarem "tentações" a exemplo dos Reis Magos

“Aquele Menino, nascido em Belém da Virgem Maria, não veio só para o povo de Israel, representado pelos pastores de Belém, mas para toda a humanidade, representada neste dia pelos Magos, vindos do Oriente”, foi o que disse o Papa Francisco na homilia na solenidade da Epifania do Senhor realizada nesta terça-feira, 6, cuja festa a Igreja no Brasil celebrou domingo passado. 

Papa preside missa na solenidade da Epifania do Senhor, no Vaticano

O Papa afirmou que os cristãos têm de descobrir o “mistério” de Jesus nos sofrimentos da humanidade e superar as “tentações” que “escondem a estrela” de Deus, como fizeram os Magos do Oriente.

“O presépio propõe-nos um caminho diferente do sonhado pela mentalidade mundana: é o caminho do abaixamento de Deus, a sua glória escondida na manjedoura de Belém, na cruz do Calvário, no irmão e na irmã que sofre", sublinhou. 

A homilia do Santo Padre foi centrada na figura dos Magos e sobre o que eles representam para a humanidade. 

“Estes Magos, vindos do Oriente, são os primeiros daquela grande procissão de que nos falou o profeta Isaías”, disse. “Uma procissão que nunca se interrompeu desde então e que, através de todas as épocas, reconhece a mensagem da estrela e encontra o Menino que nos mostra a ternura de Deus. Há sempre novas pessoas que são iluminadas pela luz da sua estrela, que encontram o caminho e chegam até Ele", destacou. 

Papa preside missa na solenidade da Epifania do Senhor, no VaticanoO Papa caracterizou os Magos como "homens sábios: estudiosos dos astros, perscrutadores do céu" e aqueles que "representam os homens e as mulheres à procura de Deus nas religiões e nas filosofias do mundo inteiro: uma busca que jamais terá fim", foram eles que indicaram a luz ao mundo e que continuam a mostrar aos homens e mulheres deste tempo o caminho a seguir, refletiu o Pontífice. 

Francisco recordou as dificuldades que os Magos encontraram, como a sua passagem pelo palácio de Herodes, onde “embatem numa tentação, ali colocada pelo diabo” e por fim, o encontro com Jesus e sua mãe. Nesse encontro, o Papa destacou que uma segunda "tentação" ocorreu, a de "rejeitar" a pequenez do Salvador. "Mas não o fizeram; em vez disso, prostrando-se, adoraram-No, oferecendo-Lhe seus preciosos e simbólicos dons", continuou. 

"Os Magos são modelo de conversão à verdadeira fé, porque acreditaram mais na bondade de Deus do que no brilho aparente do poder", acrescentou. 

Neste sentido, o Santo Padre questionou os fiéis sobre onde Deus pode ser encontrado e em qual mistério Ele se esconde. “Ao nosso redor, vemos guerras, exploração de crianças, torturas, tráficos de armas, comércio de pessoas... Em todas estas realidades, em todos estes irmãos e irmãs mais pequeninos que sofrem por tais situações, está Jesus. O presépio propõe-nos um caminho diferente do sonhado pela mentalidade mundana: é o caminho do abaixamento de Deus, a sua glória escondida na manjedoura de Belém, na cruz do Calvário, no irmão e na irmã que sofre", exortou. 

Por fim, o Papa manifestou o desejo de que todos as pessoas encontrem, a exemplo dos Magos, o seu caminho de conversão e com ele a coragem de se "libertar" das ilusões e preocupações para na "coragem da humildade da fé" encontrar a verdadeira luz em Jesus, o Salvador. 

A solenidade da Epifania, palavra de origem grega que significa ‘brilho’ ou ‘manifestação’, celebra-se a 6 de janeiro nos países em que é feriado civil. 

Papa preside missa na solenidade da Epifania do Senhor, no Vaticano

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