Por Polyana Gonzaga Em Igreja

Encontro das ENS: Dom Damasceno fala sobre experiência do Sínodo da Família

‘O que o Sínodo da Família traz como critério para o matrimônio’. Este foi o tema da palestra proferida pelo Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, na tarde de ontem (02), durante o 3º Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora (ENS) em Aparecida (SP).

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O encontro, que acontece desde terça-feira (30), reúne cerca de sete mil pessoas no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional, e tem como tema ‘Matrimônio Cristão: festa da Alegria e do Amor Conjugal’.

Durante sua palestra, dom Damasceno explicou a dinâmica da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos em outubro de 2014 e da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos que acontecerá em outubro deste ano.

“A Assembleia dos Bispos escolhidos das diferentes regiões do mundo, que se reúnem em ocasiões determinadas para fomentar a união estreita entre o romano pontífice e os Bispos, e para ajudar o Papa com seus conselhos para a integridade e melhora da fé e costumes e para estudar as questões que se referem à ação da Igreja no mundo (CDC 342). Os Bispos são eleitos pelas Conferências Episcopais e alguns designados diretamente pelo Papa. O Sínodo Ordinário se reúne a cada três anos. Se convoca um extraordinário, é costume distanciar-se dois anos”, explicou dom Damasceno.

O Cardeal explicou que na vigília de oração que antecedeu o início do Sínodo, o Papa Francisco indicou em três pontos os objetivos do Sínodo: escutar, olhar, debater. Escutar a Deus e o povo. Olhar para Cristo de modo contemplativo. Debater com liberdade os pontos de vistas de cada participante.

“Não era objetivo da Assembleia Extraordinária tomar decisões, mas conhecer as situações concretas das famílias e interpretá-las a partir da Sagrada Escritura, da Tradição viva da Igreja, do Magistério eclesial e da compreensão atual das situações e dos temas”.

 

"Fé não é só aderir a conteúdos, verdades, mas é, antes de tudo, uma adesão a uma pessoa Jesus Cristo, uma opção por Cristo, um encontro, uma aliança com Ele".

O Arcebispo destacou entre os temas mais refletidos a crise da família na Igreja e na sociedade estando muito ligada à crise geral da fé neste tempo. “Fé não é só aderir a conteúdos, verdades, mas é, antes de tudo, uma adesão a uma pessoa Jesus Cristo, uma opção por Cristo, um encontro, uma aliança com Ele”.

Dom Damasceno ressaltou também que o aspecto doutrinal do matrimônio é um consenso: indissolubilidade, casamento visando o bem dos cônjuges e o bem da prole, a família como Igreja doméstica, o papel prioritário da família na vida da Igreja.

O Arcebispo de Aparecida citou alguns aspectos pastorais destacados no Sínodo como a preparação para o matrimônio, a simplificação do processo de declaração de nulidade, o acompanhamento das famílias em crise ou em situações especiais e ainda alguns casos pastoralmente difíceis e especiais como a participação na vida da Igreja, na pastoral e casais em segunda união e suas famílias. Na palestra Dom Damasceno falou sobre alguns desafios culturais como uniões de fato, divórcio e violência no ambiente familiar.

Espera-se como ocorreu em outros Sínodos que o Papa Francisco publique a Exortação Apostólica pós-sinodal sobre os resultados das duas assembleias sinodais.

“Não bastará o Sínodo dar novas orientações, se não houver conversão de nossas ações no cotidiano da vida comunitária e se não existir verdadeira vida de comunhão eclesial e de experiência de fé”, concluiu.

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