Nesta quarta-feira (04), o Papa Francisco refletiu sobre "o tesouro do perdão recíproco" para as famílias, no contexto do Ano da Misericórdia que será aberto no próximo mês. Em sua catequese, Francisco recordou ainda o Sínodo dos Bispos que discutiu o cuidado pastoral com as famílias.
"Muitos pensam e dizem que o dom e o perdão são palavras bonitas, mas impossíveis de pôr em prática. Graças a Deus, não é assim! Na verdade, é recebendo o perdão de Deus que somos capazes de, por nossa vez, perdoar aos outros. Por isso, Jesus nos faz repetir estas palavras todos os dias, quando rezamos o Pai-Nosso. As famílias cristãs podem ajudar muito a sociedade atual e a própria Igreja. Por isso desejo que, no Jubileu da Misericórdia, as famílias descubram de maneira nova e mais profunda o tesouro do perdão recíproco", disse Francisco perante os milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, no Vaticano, lembrando que sem o perdão nenhum amor pode durar no tempo.
Citando a oração do Pai Nosso: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, lembrou que "no dia-a-dia, não faltam ocasiões em que nos comportamos mal e somos injustos com os outros. Então, o que temos de fazer é procurar imediatamente curar as feridas que causamos porque, se adiarmos demais, tudo se torna mais difícil", orientou.
Papa Francisco lembrou que ao doar e pedir perdão "rapidamente", a vida familiar recobra a sua vitalidade e fortalece seus vínculos.
"Se aprendermos a pedir desculpas rapidamente e a doar o perdão recíproco, as feridas se cicatrizam, o matrimônio se fortalece e a família se torna uma casa sempre mais sólida...".
“Se aprendermos a pedir desculpas rapidamente e a doar o perdão recíproco, as feridas se cicatrizam, o matrimônio se fortalece e a família se torna uma casa sempre mais sólida, que resiste aos abalos de nossas pequenas e grandes maldades. E quando aprendemos a viver assim em nossas famílias, o faremos também fora, em qualquer lugar”, disse.
Neste sentido, o Papa assegurou às famílias cristãs que “se forem capazes de caminhar com decisão no caminho das Bem-aventuranças, aprendendo e ensinando a perdoar-se reciprocamente, aumentará também em toda a família da Igreja a capacidade de testemunhar a força renovadora do perdão de Deus”.
E concluindo, disse desejar que “no Jubileu da Misericórdia, as famílias redescubram o tesouro do perdão recíproco. Rezemos para que as sejam sempre mais capazes de viver e construir caminhos concretos de reconciliação, aonde ninguém se sinta abandonado no peso de suas ofensas”.
Sobre o Sínodo dos Bispos, o Santo Padre reforçou que foi um momento de “graça” para a Igreja e que está refletindo sobre as conclusões que lhe foram apresentadas.
“A assembleia do Sínodo dos Bispos, que se concluiu há pouco, refletiu a fundo sobre a vocação e a missão da família na vida da Igreja e da sociedade contemporânea. Foi um acontecimento de graça”. A respeito das conclusões indicadas pelos padres sinodais, o Relatório Final com 94 parágrafos, Francisco explicou porque quis tornar público o conteúdo completo.
“Quis que este texto fosse publicado para que todos participassem do trabalho em que nos empenhamos juntos durante dois anos. Não é este o momento de examinar tais conclusões, sobre as quais também eu mesmo preciso de meditar”, assinalou.
Ao final da catequese, o Papa pediu a todos que rezassem com ele o Pai Nosso.
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