Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 02 MAR 2020 - 11H44

Ignorar sofrimento dos outros é "ignorar Deus", adverte o Papa


Diante do sofrimento humano a indiferença deve dar lugar à misericórdia e à compaixão. Foi o que disse o Papa Francisco na catequese desta quarta-feira (27), na Praça de São Pedro, no Vaticano. 

Segundo Francisco, ignorar o sofrimento do outro é ignorar ao próprio Deus e, por outro lado, quem se aproxima de quem sofre, se aproxima de Deus.

"Nunca nos esqueçamos: perante o sofrimento de tanta gente consumida pela fome, pela violência e as injustiças, não podemos permanecer como espectadores. Ignorar o sofrimento do homem significa o quê? Significa ignorar Deus!", advertiu.

Ao refletir sobre o sofrimento, o Papa baseou a sua catequese na parábola do Bom Samaritano. Nessa passagem bíblica, um homem, viajando no caminho entre Jerusalém e Jericó, foi interceptado por bandidos que, depois de o roubarem, ainda o deixaram gravemente ferido. Um sacerdote, um levita e um samaritano passam por ali. O sacerdote e o levita eram religiosos. Esperava-se deles que fossem praticantes da palavra de Deus, pois a conheciam, sabiam o que tinham que fazer. Já o samaritano era um judeu, visto como estrangeiro, pagão e impuro. O sacerdote e o levita ignoram o homem que acabara de ser assaltado e agredido, enquanto que o samaritano doou-se completamente ao homem que necessitava, empregando cuidado, tempo e até dinheiro. 

Nesse ponto, o Papa deixa dois ensinamentos: 

“O primeiro ensinamento na parábola é este: não é automático que quem frequenta a casa de Deus e conhece a sua misericórdia sabe amar o próximo. Você pode conhecer toda a Bíblia, toda a teologia, mas o amor... vai por outro caminho!”, frisou o Papa.

 

"O amor cristão é um amor comprometido que se torna concreto na vida". 

Em um segundo ponto, o samaritano "nos ensina que a compaixão, o amor, não é um sentimento vago, mas significa cuidar do outro, comprometer-se, identificar-se com ele: 'Amarás o próximo como a ti mesmo', é o mandamento do Senhor", acrescentou.  

No gesto do samaritano, se percebe "o modo de atuar de Deus", precisou Francisco. "O amor cristão é um amor comprometido que se torna concreto na vida", ponderou. 

O Papa acrescentou que o “verdadeiro amor” não faz distinções entre pessoas, mas vê todos como um “próximo” que precisa de ajuda. 

"Jesus se inclinou sobre nós, se fez nosso servo, e assim nos salvou, para que nós possamos nos amar, como Ele nos amou", finalizou. 

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