O Papa Francisco realizou hoje (26) pela manhã no Vaticano a sua 34º catequese do Ano da Misericórdia e sob o tema “acolher o estrangeiro e vestir o nu” apontou que as migrações pertencem à história da humanidade.
“É falta de memória histórica pensar que essas migrações sejam precisamente dos nossos anos, a Bíblia nos oferece tantos exemplos concretos de migração basta pensar Abraão, o chamado de Deus o leva deixar o seu país para ir a um outro país [...] o povo de Israel, que do Egito onde era escravo, caminhou por 40 anos no deserto até quando não chegou à Terra prometida por Deus. A mesma Sagrada família, Maria José e o pequeno Jesus foi obrigada a migrar para fugir da ameaça de Herodes, José pegou o Menino e sua Mãe e se refugiou no Egito onde permaneceu até a morte de Herodes”, recordou.
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O Santo Padre reconheceu que o contexto atual cria barreiras para os migrantes e falta a de acolhida e que a solução é a solidariedade.
"Solidariedade para com o migrante, solidariedade para com o estrangeiro, o compromisso dos cristãos nesse campo é urgente hoje como no passado".
“Hoje o contexto de crise econômica favorece infelizmente o surgimento de comportamento de fechamento e de não acolhida. Em algumas partes do mundo surgem muros e barreiras. Parece que às vezes a obra silenciosa de muitos homens e mulheres, que em diversos modos se atuam para ajudar e assistir os refugiados e os migrantes, sejam obscurecidas pelo rumor de outros que dão voz a um instintivo egoísmo, mas o fechamento não é uma solução ao contrário acaba por favorecer os tráficos criminosos único caminho de solução é o da solidariedade. Solidariedade para com o migrante, solidariedade para com o estrangeiro, o compromisso dos cristãos nesse campo é urgente hoje como no passado”.
Em sua catequese o Papa Francisco advertiu que acolher o estrangeiro é compromisso de todos os cristãos.
"...todos somos chamados a acolher os irmãos e as irmãs que fogem da guerra, da fome, da violência e de condições de vida desumana".
“É um compromisso que envolve todos, ninguém está excluído, as dioceses, as paróquias, os institutos de vida consagrada e associações e movimentos, como cada um dos cristãos, todos somos chamados a acolher os irmãos e as irmãs que fogem da guerra, da fome, da violência e de condições de vida desumana. Todos juntos somos uma grande força de apoio para todos aqueles que perderam pátria, família, trabalho e dignidade”, recomendou.
Francisco concluiu convocando todos a estar atentos às necessidades dos migrantes.
“Como cristãos somos chamados a estarmos atentos, vigilantes e prontos a agir. Não vamos cair na armadilha de nos fecharmos a nós mesmos, indiferentes às necessidades dos irmãos e preocupados somente com os nossos interesses é precisamente na medida em que nos abrimos aos demais que a vida se torna fecunda as sociedades adquirem a paz e as pessoas recuperam a sua plena dignidade”, finalizou.
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