Por Polyana Gonzaga Em Notícias

Dom Damasceno: ‘Comungar o Cristo, é comungar com o irmão’

Foto de: A12.com

Missa da Ceia do Senhor

 

Centenas de fiéis acompanharam a Missa da Ceia do Senhor, às 20h, no Altar Central, do Santuário Nacional de Aparecida, nesta quinta-feira santa (17).

A celebração foi presidida pelo Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, que relembrou a última ceia de Jesus Cristo com os doze apóstolos.

A missa foi concelebrada pelo reitor do Santuário, padre Domingo Sávio, o administrador ecônomo do Santuário, padre Luiz Cláudio Alves de Macedo e diversos Missionários Redentoristas.

Os fiéis puderam recordar o dia em que Jesus instituiu a Eucaristia, o sacerdócio e onde deixou o maior mandamento sobre a caridade fraterna: ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’. Durante a celebração também foi recordado o gesto de Jesus com os discípulos antes da última ceia.

Na ceia, Jesus antecipa no gesto tão humano de entrega do pão e do vinho, o dom do seu corpo e do seu sangue oferecidos sobre a cruz para selar no coração do homem, da humanidade, a nova aliança de Deus com o seu povo, a partir de agora indestrutível, eterna.

“Nessa ceia, com os seus apóstolos, Jesus tornou presente, sacramentalmente, nos sinais do pão e do vinho, sua oferta ao Pai pela salvação de todos nós. ‘Isto é o meu corpo, que será entregue por vós’”, afirmou Dom Damasceno, durante sua homilia.

O pão e o vinho são um sinal real e eficaz de Jesus que se entrega à morte para a salvação de todos num ato extremo de amor e de solidariedade para com a humanidade.

Dom Damasceno explicou aos fiéis que no evangelho de João, a instituição da Eucaristia não é evocada explicitamente, mas João coloca durante a ceia, no lugar da instituição da Eucaristia, um gesto simbólico que dá o sentido da eucaristia e define toda a vida de Jesus.

“Jesus se ajoelha e lava os pés dos discípulos. No tempo de Jesus, o costume de lavar os pés era um gesto de acolhida, de hospitalidade. Os escravos lavavam os pés dos seus senhores, as mulheres os do seu marido, as crianças os de seus pais. No Evangelho, como escutamos, Jesus realiza este gesto durante a ceia e é ele o Senhor que o realiza, não o escravo”.

O lava-pés - No Santuário Nacional, os apóstolos foram representados por pessoas com algemas nas mãos, fazendo alusão a Campanha da Fraternidade de 2014, cujo tema é ‘Fraternidade e Tráfico Humano’.

Após o Lava-pés, Dom Damasceno entregou um pão e uma flor de lírio branco, que simboliza a instituição da Eucaristia e a Paz.

“A cena do Lava-pés, ao lado da cruz, expressa a doação de si mesmo que Jesus faz à humanidade na Eucaristia. Ao substituir a narração da Eucaristia pelo lava-pés, São João mostra-nos que a Eucaristia ao nos unir a Cristo, deve levar-nos também a solidariedade com os nossos irmãos, sobretudo os mais pobres. Comungar o Cristo, é comungar com o irmão”, afirmou Dom Damasceno.

A exemplo de Jesus, Dom Damasceno pediu que todos possam participar da Eucaristia, comprometendo-se a fazer da própria vida uma entrega fraterna e solidária aos nossos irmãos, especialmente, aos mais necessitados.

“É impossível separar a Eucaristia do sacrifício ministerial como também, é impossível separá-la do amor fraterno. A entrega total de Cristo na Última Ceia pede de todo discípulo seu que se coloque a serviço do irmão mais necessitado”, finalizou o Cardeal.

Ao final da celebração da Santa Ceia o altar foi desnudado, ou seja, foram retiradas todas as flores, velas e toalhas. O Altar fica vazio como sinal da tristeza da humanidade pela morte de Jesus.

Adoração do Santíssimo - Logo após a Santa Missa, os fiéis se dirigiram para a Capela de São José onde puderam participar de um momento de adoração do Santíssimo.

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