Por Elisangela Cavalheiro Em Assembleia Geral CNBB Atualizada em 10 MAI 2019 - 08H13

Em tom de despedida, presidência da CNBB faz balanço dos últimos quatro anos

Ao longo de nove dias, os mais de 300 bispos estiveram reunidos em Assembleia Geral, no Santuário Nacional de Aparecida, para discutir as novas diretrizes para a evangelização no país e eleger a nova presidência do organismo e lideranças de comissões, que atuarão até 2023.

No penúltimo dia do encontro, nesta quinta-feira (09), os bispos que ficaram à frente da CNBB nos últimos quatro anos, Cardeal Dom Sérgio da Rocha, Presidente; Dom Murilo Krieger, Vice-presidente e Dom Leonardo Steiner, Secretário-geral, concederam coletiva de imprensa onde explanaram pontos mais relevantes da atual gestão.

Ivan Simas.
Ivan Simas.


Dom Sérgio ressaltou que a presidência buscou manter um diálogo com as diversas comissões, conselhos e também com a assembleia, para os encaminhamentos de suas decisões e caminhar de forma mais próxima dos Regionais da CNBB, que atualmente são 18. Dom Sérgio também lembrou que os mais de 50 pronunciamentos ao longo desse período sempre respeitaram essas estruturas de organização da Conferência Episcopal.

O cardeal enfatizou ainda que a CNBB não possui viés político nenhum e, por isso, não deve ser confundida com um partido, mas é, antes, um organismo que dialoga tanto com a Igreja quanto com a sociedade. “A Conferência Episcopal não é, e nem pode ser confundida com um partido político, seja de oposição ou de situação. Infelizmente, às vezes, há interpretações equivocadas de pronunciamentos ou das posições da CNBB, mas nós temos procurado esta fidelidade a essas fontes e critérios maiores, que são a Palavra de Deus e a Doutrina Social da Igreja”, assinalou.

Dom Murilo Krieger comentou a Assembleia de 2019, que teve seu ponto alto na aprovação das diretrizes e nas eleições. O vice-presidente destacou que é “impensável” imaginar que as diretrizes possam orientar cada realidade nas dioceses e que, na verdade, todas são convidadas a “adaptar” as orientações conforme suas necessidades. Segundo o bispo, a assembleia é uma “escola de fraternidade” e oferece um precioso “painel da presença da Igreja no Brasil e no mundo”.

O secretário-geral, Dom Leonardo, encerrou a coletiva ao comentar a última mensagem desta presidência, divulgada no último dia 08 de maio, intitulada “Mensagem ao povo brasileiro”.[acesse aqui]

“Quem acompanhou a trajetória da CNBB nesses quatro anos, viu o quanto nós falamos de ética, o quanto nós falamos de corrupção e o quanto nós falamos de violência. Mas, ao mesmo tempo, o quanto nós falamos de diálogo e de fraternidade. Creio que a mensagem retoma um pouco essa caminhada da CNBB”, ponderou.

O bispo ressaltou que a CNBB ainda tem muita preocupação com as reformas, o desemprego, a violência e numa realidade mais atual, com os povos indígenas, quilombolas e o uso das mídias, "diante da realidade de pronunciamentos e de manifestações que nós temos tido”, disse. 

TOMADA DE POSSE - A nova presidência da CNBB toma posse nesta sexta-feira (10), em cerimônia a realizar-se a partir das 10h30. Assumem a entidade os bispos: Dom Walmor Oliveira de Azevedo, como presidente; Dom Jaime Spengler, vice-presidente; Dom Mário Antônio da Silva, segundo vice-presidente e Dom Joel Portella Amado, secretário-geral, além dos presidentes das 12 comissões da CNBB.

:: Conheça os nomes de todos os eleitos

Confira a coletiva na íntegra: 


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