Notícias

CNBB publica nota sobre saídas temporárias de presos

Entidade dos bispos do Brasil reafirma que "o sistema estatal deve favorecer a reinserção das pessoas condenadas e promover uma justiça reconciliadora"

Escrito por Redação A12

24 ABR 2024 - 11H10 (Atualizada em 24 ABR 2024 - 11H52)

Shutterstock

O projeto de Lei 2.253/2022, que restringe as saídas temporárias de presos em regime aberto, foi sancionado com veto parcial pela Presidência da República.

“Entendemos que a proibição de visita às famílias dos presos que já se encontram no regime semiaberto atenta contra valores fundamentais da Constituição, como o princípio da dignidade da pessoa humana, o princípio da individualização da pena e a obrigação do Estado de proteger a família”, explicou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a respeito da parte do projeto de Lei que foi recusado, e que será avaliado pelo Congresso Nacional.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota nesta terça-feira (23) sobre esta medida, mencionando que a Doutrina Social da Igreja reconhece a legitimidade do Estado para infligir as penas proporcionais à gravidade dos delitos.

“Ao lado dessa dimensão, o sistema estatal deve favorecer a reinserção das pessoas condenadas e promover uma justiça reconciliadora. A legislação brasileira tem as mesmas premissas de reinserção gradual de nossas irmãs e irmãos na sociedade. As saídas temporárias no decorrer do cumprimento da pena respondem a essas premissas.

Situações especificas que acabam por agredir o Estado, com episódios de violência contra servidores da segurança pública, bem como, contra a população civil, não podem ser consideradas como pressupostos para alterar os fundamentos do sistema penal brasileiro, diz o trecho da nota assinada pela presidência da CNBB.

Wikipedia
Wikipedia
Projeto de Lei será reavaliado pelo Congresso Nacional


No documento, os Bispos do Brasil reforçam que as saídas temporárias no decorrer do cumprimento da pena respondem a essas premissas de reinserção social e manifesta ao Congresso Nacional, em consonância com a Tradição explicitada na Doutrina Social da Igreja e com os objetivos do sistema penal brasileiro, que o veto parcial submetido aos parlamentares para avaliação seja mantido.

“Assim, recordamos as palavras do Papa Francisco: 'Nunca sufoquem a pequena chama de esperança. Reavivar esta pequena chama é dever de todos. Cabe a toda a sociedade alimentá-lo, fazer de forma que a penalidade não comprometa o direito à esperança, que sejam garantidas perspectivas de reconciliação e de reintegração'”, finalizou o documento que você lê na íntegra neste link.

.:: Dom Henrique Lima destaca o trabalho da Pastoral Carcerária

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Redação A12, em Notícias

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...