Por Pe. César Moreira, C.Ss.R. Em Notícias Atualizada em 03 ABR 2019 - 09H57

Eleições: Punição para os maus políticos

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Cada vez que se dão eleições, deveriam ser criados naturalmente o clima e a expectativa de que é chegada a hora de os votantes consertarem erros que se notam no modo de agir dos governantes. Não haveria nada de extraordinário nem demais nisso. Aliás, seria muito bom que fosse assim: eleição também seria o mesmo que punição dos maus políticos. E ainda é possível aprovação dos bons, o que justificaria a existência da reeleição, conforme prevê a legislação em vigor.

Seguramente, só com a maturidade dos eleitores a escolha deixaria de ser imposição ou negócio, para reafirmar-se como momento de se exercer um dos principais gestos de cidadania: a escolha democrática dos governantes.

No Brasil, cada vez que se fala em acabar com o voto obrigatório, ganha destaque a ameaça de que pouca gente iria votar, o que se tem como um perigo: o de poucos estarem tomando decisão tão importante sozinhos. Todavia, não há como saber se de fato os brasileiros querem exercer o direito de escolher seus representantes, sem que o façam por se mostrarem responsáveis pelo bem comum.

A propósito, vale lembrar que o momento atual também força a mudança de atitudes dos eleitores, dada a expansão da corrupção, que, antiga e prolongada, passa a ser tida como o grande problema do país. Aliás, para que a realidade seja analisada de modo real, é necessário entender a corrupção como o problema central, que historicamente é mantido e sustentado pela desigualdade que reina entre os brasileiros.

:: Como votar em tempos de crise

:: Os eleitores

Conviver com a miséria de boa parte da população, a qual chega até a ser explicada como “vontade do próprio Deus”, é herança que parece impossível de ser desfeita. A necessária existência de pobres, dependentes de favores e da bondade dos que têm bens e ditam as regras da sociedade, é aceita como “uma situação natural a ser mantida”. Exemplo disso é a prática aberta e continuada dos governantes, de ontem e de agora, que olham para o nordeste brasileiro e se dispõem a oferecer aos sofridos ‘ajudas’ como benefício de um coração bondoso...

Óbvio que uma eleição não pode ser tida como ocasião de favores, coisa tão comum entre pessoas simples – e nem sempre só simples – que assumem o compromisso de sempre votar no bondoso candidato-benfeitor que sempre os ajudou... Mais uma vez, nos é dada a oportunidade de escolher nossos representantes que, consciente e dignamente, exerçam sua missão. Sem corrupção e sem maus exemplos... Temos o direito e o dever de que assim seja.

Artigo publicado na Revista de Aparecida.



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