Por Frei Rinaldo, osm Em Igreja

Ministros da Unidade e da Paz: Sete Santos Fundadores da Ordem dos Servos de Maria

Amados internautas

Deus abençoe a todos

Como Padre e Frade “Servo de Maria”, é uma honra poder partilhar com todos vocês um pouquinho da história de sete homens que um dia resolveram fazer a diferença nas suas próprias vidas e, consequentemente, na vida de tantas pessoas. Tudo começou no ano de 1233, em Florença, Itália.

 

fundadores_servitas

O Carisma da Ordem dos Servos de Maria é o
serviço: o serviço a Deus e à humanidade
sempre a exemplo de Maria.

Havia uma “onda” muito grande pessoas que começaram a viver o Evangelho de forma muito radical por causa de tantas guerras, violências, corrupção, injustiças que assolavam várias cidades da Europa. Muitos homens deixaram todo conforto de uma vida promissora e feliz para viverem o Evangelho de forma radical. Assim aconteceu com São Francisco - por exemplo - em Assis e também com os sete homens que deram início à Ordem dos Servos de Maria.

Viviam na cidade de Florença sete homens dignos de muita veneração e honra, unidos entre si por laços de fraterna amizade e animados pelos mesmos ideais. A Virgem Maria, Senhora nossa, serviu-se deles para dar início a Ordem religiosa dos seus Servos. Antes de se unirem efetivamente para dar início a Ordem, encontravam-se em quatro estados de vida.

Seu primeiro estado referia-se à Igreja. Alguns deles, decididos a viver a virgindade ou a castidade perfeita, não haviam contraído matrimônio; outros, pelo contrário, eram casados; e outros, enfim, com a morte da esposa, estavam livres do vínculo matrimonial. Todos, porém, haviam consagrado sua vida ao serviço da Igreja, esposa de Cristo.

O segundo estado em que se encontravam referia-se ao bem-estar social. Os sete ocupavam-se em permutar e negociar coisas terrenas, segundo as regras da arte mercantil. Quando, porém, descobriram a pérola preciosa (Jesus Cristo), venderam tudo o que possuíam e distribuíram aos pobres e comprometeram-se a servir fielmente a Deus e a Nossa Senhora. Seu terceiro estado de vida referia-se à reverência e veneração que devotavam a Nossa Senhora. Havia em Florença urna associação dedicada à Virgem Maria, instituída há muitos anos.

Existindo na cidade muitas outras associações marianas, esta, por sua antiguidade e pelo grande número de homens e mulheres que a compunham, recebera o nome especial e próprio de "Associação-Mor de Santa Maria". Era dessa associação que faziam parte esses sete homens, iniciadores da nossa Ordem, antes de sua união efetiva. Eles sempre foram muito devotos de Nossa Senhora. E os documentos antigos da Ordem atestam que eles sempre disseram que “quem fundou a Ordem foi Nossa Senhora”. Seu quarto estado de vida referia-se a perfeição de suas almas.

Amavam a Deus sobre todas as coisas e a ele orientavam tudo o que faziam, honrando-o com seus pensamentos, palavras e obras. Quando decidiram reunir-se para levar vida em comum, inspirados por Deus e movidos pelo chamado de Maria, acertaram a situação de suas casas e famílias, deixando-lhes o necessário para viver. O resto, distribuíram aos pobres. Eles não queriam nada que pudesse impedir o firme desejo de seguir Jesus Cristo.

 

sete santos

A principal inspiração mariana da Ordem é a devoção de
“Nossa Senhora das Dores”.

Por fim, procuraram homens prudentes, de vida reta e de bons costumes, com os quais pudessem encontrar-se amiúde, buscando apoio para seus propósitos, segundo a vontade de Deus. Em seguida, subindo ao Monte Senário (Uma alta montanha distante uns 18 Km da rica cidade de Florença) e lá, construíram uma pequena capelinha para suas orações. Eles, porém, viviam nos “buracos” naturais da montanha, uma espécie de cavernas naturais do referido Monte.

Ai se estabeleceram. Todos os dias eles faziam suas orações e desciam a montanha para ajudar os mendigos, pobres, doentes, desvalidos e desprovidos de qualquer proteção. Essa era a rotina e o estilo de vida que levavam. Os sete moravam juntos nesta montanha.

Com o passar dos anos, muitas pessoas começaram a “subir” o monte para pedir orações, conselhos, e, até mesmo, morar com eles. A principio eles não queriam ninguém além deles. Porém, passado algum tempo, deram-se conta que Nossa Senhora não os havia reunido apenas para se ocuparem de sua santificação, mas também para que outros, desejosos de cumprir semelhantes obras de bem, pudessem juntar-se ao seu grupo e fazer crescer a Ordem, que Nossa Senhora havia iniciado por seu intermédio.

Assim, aos poucos a família foi crescendo. Por isso, dispuseram-se a aceitar os irmãos que consideravam tementes a Deus. E, a partir de então, admitiram alguns ao seu convívio, dando assim início a nossa Ordem, fundada por Nossa Senhora, consolidada pela humildade dos nossos irmãos, edificada sobre sua concórdia e conservada pela pobreza.

Por isso, também, que os sete santos fundadores, foram sempre chamados de “Ministros da Unidade e da Paz”. O “hábito” (batina) própria dos frades da Ordem é preta, simbolizando a viuvez de Nossa Senhora. A principal inspiração mariana da Ordem é a devoção de “Nossa Senhora das Dores” (aquela imagem em que Maria aparece com sete espadas no coração), porque, todo “servo de Maria” quer estar aos pés das infinitas cruzes da humanidade onde Cristo continua sendo crucificado. Cada família religiosa tem uma identidade própria, que chamamos de “carisma”.

O Carisma da Ordem dos Servos de Maria é o serviço: o serviço a Deus e à humanidade sempre a exemplo de Maria que foi a humilde Serva do Senhor (Eis aqui a serva do Senhor). Procuramos ler e viver as verdades do Evangelhos com os olhos e as atitudes de Maria. Cada família religiosa, também tem seus ilustres personagens (santos e bem-aventurados).

A Ordem dos Servos de Maria tem alguns santos, como por exemplo, São Peregrino Laziosi, considerado na Igreja como “santo protetor contra o mal do câncer”. E tantos outros (São Felipe, Santo Antônio Pucci, Santa Juliana (a santa da Eucaristia)...

No Brasil estamos inseridos no Acre (missão), Rio de Janeiro, São Paulo (São José dos Campos e na Capital), Curitiba e Santa Catarina. Porém a Ordem está presente no mundo inteiro: Europa, África, América do Sul e do Norte, Oceania. E, com quase 800 anos de história (1233 até hoje) estamos sempre à disposição para servir, em nome de Jesus, a exemplo de Maria.

Maiores informações sobre a Ordem, entre em contato com www.freirinaldo.com.br.

 

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A Ordem dos Servos de Maria tem alguns santos,
como por exemplo, São Peregrino Laziosi, 
São Felipe, Santo Antônio Pucci, Santa Juliana,
entre outros.

Diferenças -  Vamos entender um pouquinho o que é uma “ORDEM RELIGIOSA” e um “CONGREGAÇÃO RELIGIOSA”. É fácil, quer ver? Toda “família religiosa” que nasceu ANTES do ano 1500 é chamada de Ordem Religiosa e toda família religiosa que nasceu depois de 1500 é chamada de Congregação Religiosa.

Por quê 1500? Porque foi a partir de um Concílio (reunião) que aconteceu na cidade de Trento, Itália, entre os anos 1545-1563) que fez esta distinção entre Ordem e Congregação.

Alguns exemplos de ORDENS religiosas: Fransciscanos, Capuchinhos, Dominicanos, Servos de Maria, Mercedários, etc.

(todas elas são “ordens” religiosas porque nasceram antes de 1500)

Alguns exemplos de CONGREGAÇÕES religiosas: Redentoristas, Dehonianos, Salesianos, Rogacionistas, etc... (nasceram depois de 1500).

Como saber se o padre é de uma “ordem religiosa” ou de uma “congregação religiosa”? Também é fácil.

Vamos dar um exemplo:

EU (Padre Frei Rinaldo): se no final do meu nome eu colocar depois da vírgula as siglas de minha família religiosa e começar com a letra “o”, então pertenço a uma ORDEM religiosa. (Padre Frei Rinaldo, OSM – Ordem dos Servos de Maria). Nesse caso a OSM nasceu em 1233, antes do ano de 1500;

Outro exemplo: Padre Evaldo. No final do nome dele aparece as siglas “C.Ss.R”. Significa dizer que ele é Padre de uma Congregação nascida depois de 1500, neste caso, a Congregação do Santíssimo Redentor que nasceu no ano de 1732. (Pe. Evaldo, CSrR)

Outro detalhe: os padres que pertencem a uma “Ordem Religiosa” são chamados de FREIS que vem do idioma latim “frater” que significa “aquele irmão que vive em comunidade com outros irmãos da mesma família religiosa”. Daí surgiu a palavra “Fraternidade” que significa “irmandade”. Os padres que são de Congregações religiosas também chamam-se entre si de “Irmãos”, porém, não tem mais o costume de chamar-se mutuamente de Freis.

No fundo é a mesma coisa, porém trata-se de uma questão de nomenclatura e de tradição.

Eu, Frei Rinaldo...sou PADRE e FREI ao mesmo tempo.

Padre porque posso rezar as Missas, etc... e Frei porque pertenço a uma ORDEM religiosa.

Com carinho e bênçãos

Colunista - Frei Rinaldo

Escrito por
FREI RINALDO-40 (Juan Ribeiro )
Frei Rinaldo, osm

Religioso da Ordem dos Servos de Maria (OSM)

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