Liturgia

Proclame o Evangelho e partilhe a palavra do Senhor

Escrito por Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

27 SET 2014 - 07H00 (Atualizada em 25 ABR 2024 - 16H00)

Leia MaisO evangelho que inquietaPequeno Príncipe e o Evangelho: ser como criançaA ordem de anunciar o Evangelho vem do próprio Jesus. No momento de sua Ascensão, disse aos discípulos: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura! (Mc 16,15).

A partir da vinda do Espírito Santo, em Pentecostes, imediatamente os discípulos começaram a anunciar que Jesus estava vivo e Deus O constituíra Cristo e Senhor.

Por isso afirmavam: Arrependei-vos e cada um procure receber o batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão de vossos pecados; e assim recebereis o dom do Espírito Santo.(At 2,38).

 

Reprodução - Site Verbum Dei
Reprodução - Site Verbum Dei



Cristo usou a palavra para anunciar

Esta foi a principal atividade dos apóstolos e a seguir, dos cristãos. Paulo, na carta aos Romanos, afirma que a fé vem da pregação e a pregação é feita pela palavra de Cristo. “Assim, a fé nasce da pregação e a pregação se realiza mediante a palavra de Cristo.” (Rm 10.17-18).

Anunciar o Evangelho é uma ordem e está unida à própria Redenção. Cristo usou a palavra para anunciar. “Mas como poderão invocar aquele em quem não creram? E como haverão de crer naquele de quem nunca ouviram falar? E como ouvirão falar dele, se ninguém o anuncia? E como anunciarão, se não forem enviados? Como está escrito: 'Como são belos os pés dos que anunciam boas novas'”. (Rm 10,14-15), diz Paulo.

É um direito e um dever anunciar o Evangelho e partilhar a Palavra que foi acolhida, celebrada e rezada. O Evangelho, seguindo o modo de ser de Jesus, não é imposto, mas oferecido, proposto. A conversão forçada não é de Deus. Não podemos confundir fé com cultura. Aqui ocorreram erros na história e ainda se repetem.

Em Pentecostes “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito concedia a eles se expressarem.” (At 2,4). Aqui entendemos que o Evangelho pode ser proclamado em todas as línguas e vivido em todas as culturas. Este modo único, que se instituiu por séculos, não corresponde ao Evangelho. A Igreja tem o direito de anunciar, mas o dever de respeitar as culturas.

Freedom Studio / Shutterstock
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Novo modo de vida

A pregação do Evangelho não é em primeiro lugar a transmissão de um código de doutrinas, mas a apresentação de uma pessoa, Jesus Cristo, como Salvador de todo homem. Salvar não é tirar a pessoa de sua realidade, mas colocá-la no relacionamento de comunhão com Deus. Não se trata de espiritualismos.

Palavra: Novo modo de vida fundado no amor de Deus e do próximo, superando todo egoísmo que é fruto do pecado.

É um novo modo de vida fundado no amor de Deus e do próximo, superando todo o egoísmo que é fruto do pecado. Sem isso a pregação é inútil e destruidora do homem e de seus valores. Jesus não se encarnou para ser um a mais. Ele é a resposta a todas as ansiedades dos homens.

A pregação não é chamar à Igreja, mas ir a Jesus Cristo. Por que depois de 2000 anos de pregação somos ainda tão envolvidos pelo mal? Porque se deixou de lado Jesus para anunciar somente doutrinas. A conversão conduzirá pelos caminhos de Jesus. O mundo sofre tantas dificuldades. Por isso se deve reestruturar o mundo em Cristo. Ele é a solução.

Reprodução - Life of Christ in Bible
Reprodução - Life of Christ in Bible


Como os olhos de Jesus

A vida de Jesus foi sua maior pregação e o mundo a que devemos ir é aquele que Ele via do alto da Cruz. Nossos olhos devem ler o evangelho como Jesus olhava o povo. Cada cultura tem seu modo de entender a única palavra de Deus. Vemos em Pentecostes que cada um entendia em sua própria língua.

O Evangelho é compreensível a cada pessoa onde quer que esteja, pois Jesus veio para todos. Podemos também aprender muito das civilizações. A Igreja tem orientado o anúncio evangélico com muitos documentos. É preciso continuar a ousadia de crer em Jesus e anunciá-Lo como o Caminho, a Verdade e a Vida. Partilhar a Palavra é sinal que nela acreditamos e a vivemos.

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