Por Eduardo Gois Em Jornal Santuário Atualizada em 24 MAI 2018 - 11H03

Saiba como identificar a depressão e fazer tratamento gratuito em cinco capitais

Sensação de vazio, tristeza, desânimo: você pode estar com depressão. Mas você sabia que comportamentos depressivos são originados quando ainda somos bebês? Se você é mamãe, tome cuidado, pois o modo como você trata seu bebê nos primeiros meses de vida podem traçar um destino muito bom ou muito difícil para o seu filho e as pessoas que vão cercá-lo.

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De acordo com o psicanalista Roberto Girola, nos depressivos as queixas em relação à vida são constantes e há uma tendência a responsabilizar os outros por sua infelicidade. Nos casos mais graves a paralisação do depressivo pode ser quase total, levando-o a dormir em excesso e a ter dificuldades para empreender qualquer tipo de atividade.

O estado depressivo geralmente remonta a mães que foram hiperpresentes, de forma invasiva, pois os cuidados dispensados ao bebê foram marcados não pelas necessidades dele e sim por uma exagerada ansiedade materna, muitas vezes gerada pela culpa, por algum sentimento inconsciente de rejeição do bebê.

"Não é fácil conviver com o depressivo, quanto menor for a pressão exercida e quanto maior a capacidade de compreensão, melhor", explica Roberto Girola. Ele ainda conta que pode ser útil um encorajamento, quase emprestando a capacidade de sonhar, ausente tanto na depressão como em casos melancólicos.

Segundo o psicanalista, dependendo da gravidade dos sintomas pode ser necessário recorrer à medicação psiquiátrica, mas também é fundamental o recurso à terapia para que o processo possa levar a uma melhora mais estável. "A escolha do profissional certo é muito importante nesses casos, pois trata-se de síndromes de difícil abordagem, tanto do ponto de vista médico como psicológico. Geralmente profissionais responsáveis, tanto psiquiatras como psicanalistas ou psicólogos, estão atentos para não assumir uma atitude onipotente em relação a esse tipo de paciente, sobretudo nos casos mais graves, indicando a ajuda multidisciplinar, ou seja, medicação e terapia, justamente por saber o quanto um quadro desse tipo é difícil de ser tratado", conta.

Na avaliação de Girola um dos problemas desse tipo de doença é que ela inibe a tomada de decisões. Geralmente o recurso ao tratamento é feito somente quando são percebidos transtornos bastante sérios para a vida pessoal e profissional. O ideal seria que com o aparecimento dos sintomas a pessoa procurasse ajuda profissional.

Você pode encontrar ajuda gratuita

Leia MaisDepressão entre jovens: preconceito e tratamentoO papel da religião e da fé no tratamento da depressãoEntenda a diferença entre a tristeza e a depressãoFalando em auxílio profissional, atualmente já podem ser encontradas instituições que oferecem atendimento gratuito. Então se você tem depressão, a falta de dinheiro não é mais desculpa. Veja os endereços e contatos telefônicos em seis capitais. 

São Paulo (SP): Instituto de Psicologia da USP

Endereço: Av. Prof. Mello Moraes, 1721, Cidade Universitária

Quem mantém? (Universidade de São Paulo)

O que oferece? Assistência psicológica gratuita a comunidade

Contato: (11) 3091 4281

 

Rio de Janeiro (RJ): Clínica Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Endereço: Av. Pasteur, 250, Pavilhão Nilton Campos

Quem mantém? Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

O que oferece? Atendimento psicológico

Contato: (21) 2295-8113

 

Goiânia (GO): Instituto Olhos Da Alma Sã

Endereço: Al. Paraná, 1203, Setor Jaó

Quem mantém? Grupo de Apoio em Saúde Mental (GASM)

O que oferece? Atendimento especializado em prevenção e tratamento em saúde mental e pessoas com necessidades especiais.

Contato: (62) 9 9187-5157 |


Fortaleza (CE): Plantão Universidade de Fortaleza (Unifor)

Endereço: Rua Desembargador Floriano Benevides, 221, Bairro Edson Queiroz

Quem mantém? Núcleo de Atenção Médica integrada (Unifor)

O que oferece? Atendimento individual, pais e filhos, grupos lúdicos, infantis e familiares

Contato: (85) 3477 3611

 

Belém (PA): Clínica de Psicologia da Universidade Federal do Pará

Endereço: Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá

Quem mantém? Universidade Federal do Pará

O que oferece? Atendimento psicológico

Contato: (91) 3201-7669

 

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