Por Redação A12 Em Evangelhos Atualizada em 26 SET 2019 - 09H36

Evangelho em Libras | 26º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Intérprete: Simone Vecchio
Reflexão: Padre Marcelo Magalhães

 

(Lc 16,19-31)

Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: “Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 

Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.

Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado.

Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado.

Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’.

Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. E, além disso, há um grande abismo entre nós; por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’.

O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’.

Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!’

O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’.

Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos’”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Reflexão

O Evangelho de hoje dificilmente deixará insensível o coração do verdadeiro cristão. Traz uma crítica à ganância, que, esta sim, torna as pessoas insensíveis. Há um apelo para nos converter à solidariedade e a justiça social para a transformação da realidade injusta que marginaliza e exclui.

A necessidade de conversão não é apenas para os ricos, mas também para os pobres que têm coração e mentalidade de rico, para todos os que fecham os olhos para a realidade de injustiça. A insensibilidade ao sofrimento do próximo nos fecha ao amor e a graça de estar na constante presença de Deus.

O evangelista Lucas nos chama a atenção para essa insensibilidade de quem vendeu sua alma em troca de riqueza, de quem é tão pobre, que só possui dinheiro. A morte veio igualmente para o rico e para o pobre e, nessa realidade, há uma inversão da real riqueza: estar na presença de Deus.

O abismo de diferenças que há entre ricos e pobres, como narra o Evangelho, sempre existiu mais agora ele se torna claro na morte. E, com isso, nos vem o apelo do evangelista para nossa conversão e mudança de mentalidade.

Dureza, isolamento, incredulidade: eis as consequências do viver para o dinheiro. Podemos verificar essa realidade ao redor de nós, cada dia, e, provavelmente, também bem nós mesmos. A pessoa só tem um coração; se o coração se afeiçoa ao dinheiro, fecha-se ao irmão.

As pessoas vivem defendendo-se a si e as suas riquezas e esquecem de viver. Em nosso mundo de competição, a riqueza transforma as pessoas em concorrentes. A riqueza é vista não como gerência dos bens para servir aos outros, mas como conquista e expressão de status.

Não se imagina o tamanho desse mal numa sociedade que proclamou o lucro é a competição como ideal é fundamental para suas vidas. Não estamos felizes com nada, sempre estamos em busca de algo e de ter sempre mais.

Não estamos em comunhão com Deus na pessoas sofridas de nosso tempo. Assim, a parábola de hoje nos convida a mudar e nos deixa um alerta: ai de vós, ricos.

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