Por Redação A12 Em Igreja

Brasília sediará Encontro Internacional da Rede Eclesial Pan-Amazônica

Brasília sediará na próxima semana um Encontro Internacional para criação de uma Rede Eclesial Pan-Amazônica.  

O evento, que acontecerá na sede das Pontifícias Obras Missionárias, de 9 a 12 de setembro, pretende reunir 60 representantes de Instituições afins, entre elas, Pontifício Conselho Justiça e Paz, do Vaticano, Conferência Episcopal Latinoamericana, Confederação Lationamericana e Caribenha de Religiosos e Religiosas, Pastoral Social do Equador, Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil, Cáritas espanhola, Catholic Agency For Overseas Development (CAFOD) da Inglaterra, dentre outros.

Foto de: CRB

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O bioma amazônico, com a sua exuberante biodiversidade, sempre foi assunto de pauta da Igreja, como também do Estado. Alvo de explorações contínuas pelas suas riquezas naturais e, também, as demandas cotidianas da missão tem desafiado os missionários e missionárias presentes neste território a uma força-tarefa, o que gerou a ideia da criação de uma Rede para maior eficácia no trabalho missionário em vista da conservação do meio ambiente e da cultura dos povos nativos.

De acordo com a organização, um dos principais objetivos deste encontro é, a partir das experiências feitas até então, definir objetivos fundamentais, estratégias e metas em vista da consolidação da Rede Eclesial Pan-Amazônica.

Especialista no Brasil em História da Igreja na Amazônia, o padre Raymundo Possedônio, que participará como assessor do encontro, em entrevista  a Radio Vaticano esta semana, lembrou que a atuação de missionário na região Amazônica no Brasil é datada do séc. XVII.  

“Aqui apareceram ordens religiosas como franciscanos, jesuítas, mercedários e carmelitas, que fizeram um trabalho extraordinário dadas às circunstâncias da época, o contexto da distância, da precariedade do trabalho”, afirmou.

Um segundo ciclo missionário veio a partir da metade do século XIX, com a retomada da ação da Igreja, feita principalmente por Roma. “Antes, a realidade eclesial era de certa forma dominada pelo sistema do Padroado, a Igreja não tinha muita liberdade e a Igreja se submetia aos ditames do Padroado. Isto durou aqui na Amazônia até a República, até o final do século XIX”, relatou.

Já o terceiro clico, o mais atual, “começou por volta de 1950, já com outra perspectiva eclesial e eclesiológica. “Além das preocupações com a cultura moderna, com as ideologias que começaram a grassar de forma forte, sobretudo através da política ou dos meios de comunicação, através das academias universitárias, escolas. O ensino era positivista... e a Igreja foi buscando uma maior aproximação do próprio povo, das bases mais populares, através da CNBB, que foi implantada, da colegialidade dos bispos, etc.", concluiu.

O Encontro é uma organização da Igreja Católica presente na Pan-Amazônia, o Pontifício Conselho justiça e Paz, o Departamento de Justiça e Solidariedade (DEJUSOL – CELAM), a Comissão Episcopal para a Amazônia, da CNBB, o Secretariado Latino-americano e do Caribe da Caritas (SELACC) e a Conferência Latino-americana e Caribenha dos Religiosos (as) (CLAR).

 

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