Arcebispo de Aparecida entre os anos de 1995 a 2004, Dom Aloísio Lorscheider tem seu nome escrito na história da devoção a Padroeira do Brasil. Se estivesse vivo, o religioso comemoraria 97 anos de vida nesta sexta-feira (08).
Durante o tempo em que esteve à frente da Arquidiocese de Aparecida, o arcebispo, junto com os Missionários Redentoristas, assumiu a missão de iniciar o acabamento artístico-arquitetônico da Basílica da Padroeira do Brasil. Para isso, criou a Família dos Devotos, na época chamada de Campanha dos Devotos, em julho de 1999.
“A Campanha dos Devotos ajudará a concretizar um grande ideal que tenho: fazer todo o acabamento do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, além de ajudar nas mais diversas obras desta casa”, afirmou o cardeal à época.
Com a ajuda dos devotos de Nossa Senhora Aparecida, realizou a construção do Altar Central – sagrado por ele em 21 de julho de 2002. Iniciou ainda o assentamento dos pisos da Basílica, em novembro de 2000.
O religioso também foi responsável pela expansão da Rede Aparecida de Comunicação. Em abril de 2002, criou a Revista de Aparecida, presente para os membros da Família dos Devotos. Ao mesmo tempo, iniciou o processo de implantação da TV Aparecida, inaugurada em setembro de 2005.
Dom Aloísio também se preocupou com a estrutura de acolhimento aos peregrinos que visitam Aparecida. Empenhou-se na construção do Centro de Apoio ao Romeiro, inaugurado em 30 de maio de 1998.
Além das obras físicas, deixou ainda diversos legados espirituais. No Santuário Nacional, dinamizou a vida litúrgica e pastoral. Na Arquidiocese de Aparecida, estabeleceu novas paróquias e organizou o clero arquidiocesano.
Mesmo com tantos feitos, nunca perdeu a humildade. “As pessoas costumam agradecer muito a mim porque fiz isto ou fiz aquilo. Na realidade, quem faz tudo, é Nosso Senhor”, afirmou na missa em que se despediu da Terra da Padroeira do Brasil, rezada na Basílica em março de 2004.
O Cardeal Lorscheider pastoreou a Arquidiocese de Aparecida até sua renúncia, pedida após atingir o limite canônico de idade, deixando a Arquidiocese em 28 de janeiro de 2004. O religioso entregou o cargo para Dom Raymundo Damasceno Assis em 25 de março do mesmo ano. Em seguida, retirou-se para o Convento dos Franciscanos, em Porto Alegre, onde passou os últimos anos de sua vida. Morreu em 23 de dezembro de 2007, após quase um mês de internação no Hospital São Francisco, em Porto Alegre. Seu corpo está enterrado na Capela da Ressurreição do Santuário Nacional.
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