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4 músicas censuradas pela Ditadura Militar

Segundo o AI-5, as letras feriam a moral e os bons costumes ou até "falta de gosto"

Escrito por A Rádio POP

31 MAR 2022 - 09H27 (Atualizada em 31 MAR 2022 - 10H43)

Governo Federal

No dia 31 de março de 1964 ocorreu no Brasil o Golpe Militar, e em 1 de abril do mesmo ano começou o Regime Militar no Brasil, também conhecida como Ditadura.

Uma das maiores lembranças desse período é o Ato Institucional nº5, o AI-5, que, a partir de dezembro de 1968, instaurou regras como junção dos poderes legislativo e executivo, toques de recolher, proibição de reuniões não autorizadas e, o mais lembrado, a censura da liberdade de expressão. Foi considerado o período mais duro e restritivo do regime.

A arte foi uma das que mais sofreu com as medidas. Músicas, filmes, livros, revistas e jornais precisavam de aprovação governamental prévia à publicação. Diversos artistas tiveram canções censuradas. As justificativas variavam: “fere a moral e os bons costumes”, “falta de gosto” e por aí vai!

Ouça e reflita as letras dessas 4 canções que na época foram censuradas:

Cálice - Chico Buarque e Gilberto Gil

“Pai, afasta de mim este cálice

De vinho tinto de sangue!"

Tiro Ao Álvaro - Adoniran Barbosa

"Meu peito até parece, sabe o que?

'Táuba' de tiro ao 'álvaro'

[...]

Teu olha mata mais

Que atropelamento de 'automóver',

Mata mais

que Bala de 'revórver'!"

Pra Não Dizer que Não Falei das Flores - Geraldo Vandré

"Caminhando e cantando

E Seguindo a canção.

Somos todos iguais,

Braços dados ou não.

[...]

Vem, vamos embora

Que esperar não é saber.

Quem sabe faz a hora,

Não espera acontecer.

[...]

Há soldados armados, amados ou não.

Quase todos perdidos de armas na mão. 

Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição, 

De morrer pela pátria e viver sem razão".

 Apesar de Você - Chico Buarque

"Hoje você é quem manda.

Falou, tá falado,

Não tem discussão.

A minha gente hoje anda

Falando de lado

E olhando pro chão, viu?

Você que inventou esse estado

E inventou de inventar

Toda a escuridão.

Você que inventou o pecado,

Esqueceu-se de inventar

O perdão.

Apesar de você,

Amanhã há de ser

Outro dia!"


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