Por Wellington Moreira Em Jornal Santuário

A sua paróquia precisa de um administrador profissional?

Dirigir uma paróquia não é muito diferente, na prática, de administrar uma empresa, e vemos que os párocos nem sempre possuem o tempo exigido ou a experiência para conduzir esse trabalho sozinhos. Ou seja, muitos deles necessitam de ajuda para gerenciar as tarefas que precisam ser feitas na comunidade.

 Daí vem a pergunta: “Mas, que tipo de trabalho específico pode caber a um administrador profissional na paróquia?”

 

Confira o vídeo:

Pe. Romão e Wellngton Martins falam sobre o livro "A Arte de Liderar na Igreja"

 Essa pessoa, que pode ser alguém da própria comunidade, vai cuidar de todos os detalhes da gestão administrativa da paróquia, desde a orientação dos funcionários e escala de férias deles, até o pagamento de despesas e serviços contratados, manutenção e conserto de equipamentos e veículos, controle das compras e do patrimônio da igreja, empréstimo de materiais e salas, entre outros.

 Infelizmente, a falta de gestão traz inúmeros problemas para o dia a dia da comunidade. Atrasos ou faltas excessivas de funcionários, por exemplo, assim como horas extras não pagas, má distribuição das tarefas – com algumas pessoas ociosas e outras sobrecarregadas demais –, e ações trabalhistas afetam não só a rotina de trabalho e os serviços oferecidos pela igreja, como também o caixa da paróquia.

 O mesmo ocorre quando não há alguém que fiscalize as compras de suprimentos – materiais de escritório e limpeza – ou serviços contratados – como o de um contador –, assim como o consumo excessivo de água, luz, telefone e do ar condicionado. Esse mesmo gestor ainda pode ficar responsável por cuidar de questões que geralmente passam despercebidas, como a cobrança abusiva de taxas pelos bancos.

 A falta de manutenção dos computadores, equipamentos de som e veículos da paróquia também é causa de graves problemas e desperdício de recursos. No caso dos carros, há de se considerar ainda o pagamento de impostos e seguro, eventuais multas, realização de vistoria anual, além da organização de uma escala de motoristas habilitados, com horários e datas de disponibilidade para a condução.

 Da mesma forma, o patrimônio precisa de gerenciamento. A paróquia deve ter um controle da quantidade de cadeiras, mesas, equipamentos e instrumentos musicais que possui. O administrador tem como uma das tarefas se responsabilizar pela atualização constante do inventário, com identificação e informações sobre compra, empréstimo e manutenção. Não é raro materiais da igreja “sumirem” porque alguém tomou emprestado para um retiro ou evento e ninguém se lembra por quem ou para onde foram levados.

 Como se vê, a lista de responsabilidades é grande e, normalmente, os párocos têm uma série de compromissos que os impedem de gerenciar de perto todos esses detalhes. É por isso que alguns deles já optam por contratar administradores profissionais. Mas se a sua paróquia é pequena e não possui orçamento para isso, não se preocupe. Procure alguém da própria comunidade que possa dedicar parte do dia para a função. Certamente, não faltarão pessoas capazes e dispostas a colocar a mão na massa.

 A arte de liderar na Igreja

Wellington Moreira, consultor de empresas e coautor do livro “A arte de liderar na Igreja” (Editora Santuário)

 

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