Por Miguel Júnior Em Artigos

Até onde vai chegar o Estado Islâmico?

O mundo entrou em choque com os atentados terroristas na França, nos quais dezenas de pessoas morreram por questões ideológicas e religiosas. Os membros do chamado Estado Islâmico, que compreende regiões entre Iraque e Levante e Iraque e Síria, a partir de 2014, decidiram que iniciariam um califado a fim de converter todos ao islamismo e a maioria deveria ser sunita. Aqueles que não obedecerem às normas são torturados, mutilados e mortos.

Homossexuais foram atirados de prédios, pilotos de aviões de guerra de outros países e jornalistas tiveram as cabeças decepadas, outros foram colocados em jaulas e afogados numa piscina, outros tiveram um cordão explosivo amarrado nos pescoços, outros queimados vivos; tudo isso filmado, documentado e divulgado para todo o planeta.

O regime de terror assusta a comunidade internacional. Desde os atentados em 2001 às Torres Gêmeas em Nova York, há um estado de alerta constante. Mesmo com a retirada do poder, pelos Estados Unidos, da Al-Quaeda, organização liderada por Osama Bin Laden, responsável pelos ataques, outras facções surgem em nome de Alá, Maomé ou seja lá quem for.

Ouvi algumas pessoas afirmando que haverá uma terceira guerra mundial, o que é impossível. Não há uma divisão do mundo em duas partes, ou melhor, as potências não estão se contradizendo. Praticamente todos os países estão contra o tal Estado Islâmico e devem criar uma frente de batalha para extingui-lo do mapa. Os ataques começaram.

O que mais aflige é o fato da França ter sofrido dois ataques em um ano. É o único país da Europa que vive essa situação. Dois motivos são relevantes: este país é o que tem mais muçulmanos em seu território e, pelo que parece, não há estratégias de defesa permanentes contra o terrorismo. Desde o triste episódio envolvendo o jornal Charlie Hebdo, o país deveria ter se reestruturado.

Os terroristas acreditam que seus atos são em nome do seu líder religioso e veem o ocidente como o satã. Acreditam que as atrocidades que cometem sirvam de exemplo para os que não seguem sua religião. Aliás, segundo o conceito de religião, que vem do latim “re-ligare”, esses facínoras passam longe.

O mundo pode se unir para acabar com isso. Toda e qualquer crença é bem aceita desde que não fira outras pessoas. A simbologia da morte tão presente nesses casos deve desaparecer. A paz, que nunca existiu em sua acepção, deve, ao menos, proporcionar a tranquilidade que todos merecemos. Além disso, o Brasil entrou na rota do terrorismo a partir do discurso da presidente Dilma, que afirmou, acertadamente, que isso precisa acabar. É o preço que poderemos pagar para buscar a harmonia. A pergunta que fica é: até onde vai chegar o Estado Islâmico?

Miguel Júnior é mestre em Linguística, jornalista e professor universitário

 

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Miguel Júnior
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Mestre em Linguística, jornalista e professor universitário

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