O mundo está passando por uma das maiores extinções de animais já vista. Esse processo recebe o nome de “Defaunação”.
Em artigo publicado na prestigiosa revista científica Science, denominado Defaunation in the Anthropocene, Rodolfo Dirzo (Universidade Stanford) e Mauro Galetti (UNESP), abordam os impactos antrópicos sobre a biodiversidade de animais.
Em resumo, a pesquisa realizada por Dirzo e Galetti mostra a gravidade de vivermos num mundo sem a presença de animais.
Entre os vertebrados terrestres, 322 espécies foram extintas desde 1500, enquanto as populações das espécies restantes mostram 25% de declínio médio em abundância.
Em relação aos invertebrados, 67% das populações monitoradas mostram 45% de declínio. Para Dirzo, “a defaunação é um componente fundamental da sexta extinção em massa do Planeta e um dos principais responsáveis pela mudança ecológica global”.
Ainda do estudo realizado cabe ressaltar as principais consequências da defaunação. Vejamos:
– Polinização – insetos polinizam 75% da produção agrícola do mundo e a redução na fauna de abelhas e outros polinizadores pode reduzir a produção de alimentos.
– Controle de Pestes – morcegos e aves controlam pragas agrícolas.
– Ciclagem de Nutrientes e Decomposição – Invertebrados e vertebrados (urubus) tem um papel importante na decomposição orgânica e na ciclagem de nutrientes.
– Qualidade da Água – A defaunação também afeta a qualidade da água. O declínio de sapos e pererecas aumenta as algas e detritos, reduzindo nutrientes.
Marcus Eduardo de Oliveira é economista especializado em Política Internacional
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