Ainda falta um ano para as eleições municipais do ano que vem. Para o eleitor, pode parecer ainda cedo para tocar neste assunto, mas para os candidatos o jogo já começou. O tempo de filiação e troca de partidos já se esgotou em setembro, e agora as conversas estão em torno das coligações e parcerias que serão feitas na disputa pelas cadeiras de prefeito e vereadores em todos os municípios do Brasil.
Em uma eleição como esta, a participação do eleitor tem uma característica muito peculiar, que é a da proximidade com os candidatos. Afinal de contas, todos nós vivemos a realidade dos nossos municípios, e é muito mais fácil saber onde vivem e o que fazem aqueles que se apresentam como candidatos.
Esta proximidade também tem seus riscos: facilita a compra de votos, e mesmo uma escolha feita pelo eleitor sem uma reflexão maior, por conta de influências próximas. Aparecem aqueles que vão votar por conta de uma ajuda que recebeu para si ou para algum parente, ou mesmo porque alguém muito querido pede. E a realidade política exige de cada cidadão critérios mais importantes e sólidos na hora de escolher em quem vai votar, confiando no sigilo da urna.
Proponho uma velha prática, que deveria ser jamais abandonada pelo cidadão: a da reflexão e boa memória. Em quem você votou na última eleição? Ele foi eleito? Atendeu as suas expectativas no exercício do mandato? Pode receber seu voto novamente ou lhe fazer alguma indicação? Você se recorda das notícias em torno da atuação política dele, e mesmo da reputação e convicções deste candidato?
Sabe com quem este candidato está aliado? De quem ele recebeu ou recebe apoio – político e financeiro – em sua campanha eleitoral? Quais os projetos ele defende ou defendeu? E acrescento algo mais: ele vive de política “profissionalmente” ou exerce uma outra atividade profissional da qual se sustenta, de tal forma que possa exercer o mandato motivado, realmente, pelo bem comum?
As péssimas notícias que recebemos da atuação dos que exercem mandato eletivo não podem nos desmotivar a participar de uma eleição. Ao contrário, devem nos motivar a estar mais atentos, para que possamos, assim, encontrar gente competente para cuidar do que é de todos, pelo bem de todos. Se pensarmos assim, de agora até as eleições do ano que vem, estaremos mais aptos a votar, e as chances de erro serão menores.
Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R., é missionário redentorista, jornalista e diretor de conteúdo da Rede Pai Eterno de Comunicação
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