SUSTENTABILIDADE é a ação que procura devolver o equilíbrio à Terra e aos ecossistemas para que o meio ambiente possa continuar sendo habitável, para que a vida prospere sem desequilíbrios, para que não haja alterações das condições climáticas.
Por que essa preocupação na busca pela sustentabilidade? Porque o modo de produção econômica atual, embasado na mais absoluta “necessidade artificial” e, por isso, capaz de aumentar mais e mais bens e serviços à disposição dos povos, tem explorado e destruído, de forma acintosa, os recursos naturais dos quais a produção física de mercadorias é dependente.
O efeito mais lamentável desse modo de produzir que destrói a natureza é a diminuição acentuada das diversas formas de vida, ou seja, da BIODIVERSIDADE.
Apenas para termos uma rápida noção dessa destruição dos ecossistemas, a ONU declara, a partir de estudos feitos, que até 2048 não mais poderemos tirar qualquer alimento dos oceanos, pois a extração de peixes tem sido intensa, sem tempo para a reprodução.
Por isso é cada vez mais necessário o entendimento de que tudo vem do meio ambiente. É por essa questão que, quanto mais se produz, mais se esgotam os recursos da natureza e mais se polui o meio ambiente. Quando mais as economias crescem, “puxadas” pela queima de combustíveis fósseis, mais se contribui para a destruição ambiental.
Assim, quanto mais se queimam combustíveis fósseis, mais se emite dióxido de carbono e mais se aquece o planeta. Até 2007, as emissões de CO2 aumentaram 3% ao ano. Após uma estagnação em 2008-2009, a não ser que haja um decrescimento econômico, essas emissões devem continuar a aumentar no decorrer dos próximos anos.
O histórico dessas emissões aponta que em 1895 a concentração de CO2 na atmosfera era de aproximadamente 300 partes por milhão (ppm). Mais de 110 anos depois, tal concentração já está quase atingindo 400 ppm.
As emissões de CO2 pela economia humana são, principalmente, causadas pelo consumo de combustíveis fósseis. É de pleno conhecimento que um terço (1/3) do CO2 produzido pelo homem é absorvido pelos oceanos (tornando-os mais ácidos) e que a metade permanece na atmosfera (provocando um aumento do efeito estufa). Desse modo, não há como dissociar crescimento (econômico) de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e da dilapidação (ambiental).
Quanto mais as economias modernas crescem, mais se faz presente o consumo voraz da sociedade e, com isso, mais produção/mais consumo, mais se dilapidam os principais serviços ecossistêmicos.
A depleção acentua-se, o conflito emerge, a natureza sofre as consequências. Lester Brown, a esse respeito, assim assevera: “pode-se comprovar que a economia está em conflito com os sistemas naturais da Terra nas notícias diárias de colapso de pesqueiros, encolhimento de florestas, erosão de solos, deterioração de pradarias, expansão de desertos, aumento constante dos níveis de dióxido de carbono (CO2), queda de lençóis freáticos, aumento da temperatura, tempestades mais destrutivas, derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, morte de recifes de coral e desaparecimento de espécies”.
Por tudo isso se deve diminuir imediatamente o ritmo de produção e buscar, o quanto antes, atingir a SUSTENTABILIDADE.
Marcus Eduardo de Oliveira é economista especializado em Política Internacional
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