A tecnologia chegou e está mudando de maneira definitiva o modelo mental de pensarmos e nos comunicarmos. A chamada geração “Y” conheceu o e-mail, já era um grande avanço, a chamada geração “Z” nem usa mais essa ferramenta, prefere redes sociais e aplicativos de comunicação, como o WhatsApp. Conheço pessoas que já não suportam ler e-mail por achar que é muito longo, muito demorado para abrir e responder. Para as pessoas da geração Z o e-mail já está para a carta quando da chegada da tecnologia.
Com toda essa comunicação baseada em troca instantânea de mensagens, além de praticamente gratuita, devemos nos perguntar sobre como ficará o relacionamento físico humano, visto que hoje a dependência desta tecnologia tem sido cada vez maior. O encontro físico, em que trocamos e transmitimos sinais, emoções, cada vez mais tem sido substituído por encontros e contatos virtuais, mas será que esses encontros e contatos eliminam a troca de sentimentos e emoções? Certamente não. É preciso compreender que a geração “Z” carrega com ela um novo tipo de comportamento e uma nova maneira de transmitir o que pensa e o que sente. Uma coisa é certa o risco que corre esta nova geração é o de ser menos reflexiva, menos profunda, muito mais superficial, periférica e com o senso de responsabilidade sobre o outro bastante questionável, do ponto de vista das bases humanas conhecidas hoje.
Rejeitar, dizer que está errado, não aceitar esta realidade não mudará em nada a situação, a realidade está aí e devemos enfrentá-la, aproveitar tudo de bom que ela traz e equacionar as dificuldades trazidas igualmente por ela.
O contato físico, por hora, ainda é uma necessidade para todos e cada pessoa ao seu jeito gosta desse contato humano físico, inclusive usa as redes e os aplicativos justamente para incrementar esses contatos. Por quanto tempo não sabemos. Quando olhamos o futuro é possível ver quanta mudança ainda está por vir, imagine os drones, os humanoides, os robôs inteligentes e flexíveis...
Na verdade, se é bom ou se é ruim não podemos ainda dizer, o fato é que nenhuma geração é melhor ou pior que a outra, as gerações são diferentes e precisam ser olhadas no seu contexto e a partir de sua essencialidade.
O que fazer, como viver e conviver, dependerá de cada um, de cada educador, pensador, chefe de família. Ainda há uma questão a se pensar que é sobre a Fé e a Religião nessa nova fase da humanidade. De que modo podemos viver a fé e praticar a religião nesta esfera da geração “Z”? Isso será assunto para outro artigo.
Padre Pedro Cunha é sacerdote da diocese de Lorena (SP), fundador das Aldeias de Vida, professor universitário e apresentador
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