Por Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R. - Jornal Santuário Em Artigos Atualizada em 25 ABR 2018 - 11H35

Inimigos da Igreja


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Há passagens do Evangelho em que Jesus nos dá orientações muito claras sobre como deve ser a atuação de seus discípulos, de sua Igreja no mundo. “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21). É o mistério da Igreja: a unidade que deve existir entre nós, e nós com Deus. É assim que vamos oferecer ao mundo o testemunho da glória divina, e fazer conhecido o amor que o Pai tem pela humanidade (conf. Jo 17, 23).

No entanto, ao longo da história da Igreja, a falta de unidade fez com que algumas pessoas, de dentro da comunidade, se levantassem-se contra ela. O discurso é o da “preservação da doutrina”, e, portanto, partem de um bom princípio. Mas a falta da caridade, do desejo de comunhão e da disponibilidade para o diálogo acabam por fazer com que a oração, feita por Jesus, não se concretize na vida dos seus discípulos.

Atualmente, nas redes sociais, alguns irmãos de fé mais parecem terroristas. Tem a justa preocupação com uma influência marxista na ação evangelizadora da Igreja. Só que, talvez por falta de conhecimento do que significa o marxismo, ou dos valores do próprio Evangelho e das diretrizes da Doutrina Social da Igreja, acabam por condenar publicamente a atuação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O discurso é bem articulado, porém é tendencioso, muitas vezes, desrespeitoso.

Essas pessoas conseguem muita repercussão por conta de um pecado grave de em nós, católicos: nossa pobre formação em assuntos de nossa fé e da eclesiologia. Assim, não conseguimos entender o que se passa, e acabamos sendo facilmente convencidos em debates com irmãos de outras denominações, e agora até por irmãos que estão em nossas comunidades, mas que se acham mais católicos que qualquer papa.

É uma pena, pois poderiam procurar exercer a unidade e a comunhão nas instâncias próprias de nossa Igreja, ou seja, sendo um efetivo membro de uma pastoral ou movimento, pois pela convivência poderiam exercer o diálogo, colaborar no discernimento, e compreender os passos que são dados.

Ao preferir as redes sociais para o debate, acabam por criar confusão, desinformação, e oferecem ao mundo um exemplo de divisão, que não é o de Jesus. Servem, portanto, ao “divisor”, já que não cumprem o desejo de unidade de Jesus Cristo.

Por isso, a quem recebe esse tipo de contestação da Igreja em sua rede social, sugiro que não compartilhe e nem se assuste. Vamos trabalhar pela unidade, que vem do Espírito, e não com o diabo, que espalha e divide.



Escrito por
Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R.
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Missionário Redentorista da Província de Goiás

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