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A tradição de dedicar o mês de maio a um destaque especial para as celebrações marianas parece vir de longa data. Antes mesmo de existir a tradição cristã, no hemisfério norte, o mês de maio sempre esteve relacionado com o ritmo da natureza, que renascia esplendorosa após os rigorosos invernos – maio é o mês das flores. O próprio nome “maio” vem da deusa Maia, divindade que estava relacionada com a primavera no paganismo. Parece que houve, com o passar dos tempos, uma assimilação dessa “florada” da primavera com a maior de todas as flores criadas por Deus, Maria Santíssima. A primavera em “Maria” prepara o nascimento do grande verão, que é o Cristo, sol que ilumina e aquece todas as criaturas!
Já na Idade Média, temos testemunhos escritos de poesias que saudavam o mês de maio como o mês de Maria. Em suas “cantigas de Santa Maria”, por exemplo, o sábio rei de Castela, Afonso X (1221-1284), registra essa tradição no canto “Ben Vennas Mayo”. Um pouco mais modernamente, o santo papa Paulo VI fala dessa devoção mariana nos meses de maio em sua encíclica “Mense Maio”. Também são João Paulo II, em suas homilias, costumava reforçar essa devoção mariana no mês de maio. Tudo parece referir-se a essa tradição milenar, que caiu no gosto do povo e foi, ao longo dos séculos, incentivada pela Igreja.
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Historiadores dizem que as coroações das imagens de Nossa Senhora, feitas no mês de maio, espalharam-se depois de 1849, pela ação dos Padres Lazaristas e das Irmãs da Caridade. O gesto de coroar Maria parece ser bem mais antigo, mas foi nesse período que se fortaleceu o costume de coroar as imagens de Nossa Senhora. Crianças, vestidas de anjos, prestam homenagem a Maria, Virgem e Rainha, oferecendo-lhe véu, palma e rosário. Ao final, depois de cânticos e poesias, faz-se a coroação da imagem, muitas vezes com chuvas de pétalas.
Além disso, reforçou a tradição mariana, nesse mês, o fato de muitos países introduzirem a celebração do dia das mães. Ora, se mesmo as mães merecem um dia de maio, quanto mais merece especial louvor e devoção nossa querida mãe, Maria Santíssima. Para muitos, poeticamente, maio é o mês mais bonito, e Maria, a mulher mais bela, merece ser celebrada nesse tempo de beleza. Em maio ou em qualquer outro mês, é sempre bom recordar quão boa, bela e santa é Maria de Nazaré e como é bom poder louvá-la pelo “SIM” que ela ofereceu ao Senhor, doando-se, generosamente, à graça do Espírito Santo, que a fez, de modo extraordinário, a mãe de Jesus Cristo, nosso Redentor!
Padre Evaldo César de Souza
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