Por Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R. - Jornal Santuário Em Artigos Atualizada em 15 AGO 2018 - 16H06

Vale a pena votar?


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A descrença com a política pode levar as eleições de 2018 a terem a maior abstenção da história. O índice já vem crescendo nas últimas eleições, e as opções que se apresentam para o eleitor não geram ânimo para participar do processo. No geral, os candidatos que se apresentam são “mais do mesmo”, fundamentados nos velhos acordos e nas velhas alianças políticas de sempre, com as trocas de favores e de interesses, que levam aos escândalos de corrupção que já conhecemos bem.

Leia MaisAplicativo pode substituir título de eleitorNo entanto, a omissão no processo eleitoral só fará com que as coisas permaneçam como estão. É importante dizer isto: a contagem dos votos pela Justiça Eleitoral considera sempre os votos válidos, ou seja, os votos destinados a um candidato. Quem não vai votar se omite do processo; não é contado. E quem vai até a urna e vota em branco, ou anula, simplesmente não tem seu voto contado.

São os votos válidos que elegem os candidatos. Por isso, a omissão de um eleitor faz diferença para vitória de um político que, por exemplo, compra votos. A mobilização de que todos deviam “votar nulo” e cancelar as eleições não procede. Só seria possível se 100% dos eleitores brasileiros não comparecessem, o que é algo impossível. Dessa forma, o voto obrigatório é um chamado do cidadão brasileiro à responsabilidade, especialmente neste momento crítico de nossa política.

Vale a pena votar e escolhermos o melhor entre as opções que se apresentam. E, se “ninguém é perfeito”, precisamos aprender a lição elementar da democracia, que vai além do voto. Nossa participação nos destinos do país deve ir além da urna e de comentários em redes sociais, mas chegar mesmo a uma postura vigilante junto de quem foi eleito para administrar ou legislar.

O problema de nossa democracia não é somente a corrupção sistêmica, mas a omissão do cidadão diante de sua responsabilidade. Precisamos mudar isso! Como cristãos, procurar ajudar a construir uma sociedade justa, não aceitando o “jeitinho brasileiro”, e muito menos “lavando as mãos” diante dos desafios do país. É problema meu, é problema nosso! E, por isso, vamos votar e ir além do voto.


Escrito por
Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R.
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Missionário Redentorista da Província de Goiás

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