Por Jornal Santuário Em Notícias Atualizada em 20 JAN 2020 - 12H03

53ª Assembleia Geral será eletiva e atualizará Diretrizes Gerais

Durante a 53ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontecerá de 15 a 24 de abril, em Aparecida (SP), os bispos atualizarão as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). As orientações pastorais aprovadas em 2011 serão apenas revisadas a partir da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium e do pronunciamento do Papa Francisco aos bispos ocorrido no Rio de Janeiro (RJ), em julho de 2013.

“As diretrizes gerais continuarão a inspirar o trabalho da Igreja nos próximos quatro anos, levando em consideração a atuação do Papa Francisco”, explica o arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva.

Foto de: Deniele Simões / JS

53ª AG - Deniele Simões JS

Encontro anual reúne mais de 450 bispos, entre 
cardeais, arcebispos, bispos auxiliares e eméritos, 
além dos que fazem parte das igrejas de Rito Oriental

O arcebispo afirma que as DGAE 2011-2015 foram bem acolhidas pelas comunidades do Brasil. “As pessoas realmente receberam com o coração muito aberto, e aquelas cinco urgências pegaram muito bem. Tanto que continuarão por mais quatro anos, porém com algumas revisões, inspiradas nos pronunciamentos do Santo Padre Francisco”, conta.

As Diretrizes Gerais estão ligadas à natureza da CNBB, definida em Estatuto Canônico ratificado pela Congregação para os Bispos do Vaticano. Cabe à Conferência colaborar com os bispos na dinamização da missão evangelizadora, “para melhor promover a vida eclesial, responder mais eficazmente aos desafios contemporâneos, por formas de apostolado adequadas às circunstâncias, e realizar evangelicamente seu serviço de amor, na edificação de uma sociedade justa, fraterna e solidária, a caminho do Reino definitivo”, diz o texto.

As atuais DGAE contêm cinco urgências para a ação evangelizadora: Igreja em estado permanente de missão; Igreja: casa da iniciação à vida cristã; Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; Igreja: comunidade de comunidades; e Igreja a serviço da vida plena para todos.

Assembleia Geral

O encontro anual do episcopado brasileiro reúne mais de 450 bispos, entre cardeais, arcebispos, bispos auxiliares e eméritos, além dos que fazem parte das igrejas de Rito Oriental. No total, serão 274 circunscrições eclesiásticas representadas.

O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, avalia a assembleia como momento de comunhão, de encontro, de alegria e de celebração da Igreja no Brasil. “É um momento extraordinário para nós bispos. Essa troca de ideias, de afeto colegial. Imagina todos nós podermos celebrar juntos a Eucaristia? Todas as Igrejas particulares ali presentes na figura do bispo. Isso é extraordinário!”, aponta.

Neste ano, além da atualização das DGAE, os bispos terão a missão de eleger a nova presidência da entidade, composta também pelo vice e secretário geral, os presidentes das doze comissões episcopais pastorais, além de delegados da CNBB para o Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) e para a XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro deste ano, no Vaticano.

Tema prioritário

Na grade de atividades da 53ª AG, está previsto o debate sobre o novo texto que trata dos cristãos leigos e leigas, preparado após recebimento de sugestões e emendas pela comissão responsável. Aprovado em 2014, o texto de Estudos 107, Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – Sal da Terra e Luz do mundo, volta à pauta da reunião episcopal para nova avaliação.

“Esse estudo está sendo muito bem acolhido nas nossas dioceses, especialmente pelos leigos organizados em comunidades e em movimentos. Espero que talvez ele se torne um documento oficial da CNBB”, afirma dom Belisário.

No contexto dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, o vice-presidente da CNBB considera que a Igreja vive em um momento de “plena consciência” de sua identidade como povo de Deus. “Acho que vivemos numa fase em que toma-se plena a consciência de que a Igreja é o povo de Deus, e dentro do povo de Deus a maior parte é leigo, sem dúvida nenhuma. A hierarquia, os ministérios ordenados estão a serviço. Então, a Igreja é fundamentalmente esse povo de Deus, e dentro desse povo de Deus, o povo que caminha no mundo que são os leigos e leigas”, explica.

 

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