Anualmente, no dia 18 de fevereiro, ações em todo o país, em virtude do Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, fazem-nos debater sobre esse assunto, que assola nossa sociedade e é uma realidade presente em milhões de famílias.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma doença, o alcoolismo é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. No País, cerca de 21,4% da população nunca ingeriu bebidas alcoólicas e aproximadamente 40% consumiram nos últimos 12 meses. Entre os brasileiros que beberam nesse período, os homens são maioria (54%). O consumo estimado em 2016 foi de 7,8l de álcool puro per capita. Esses dados sugerem uma redução no consumo de álcool pela população brasileira em relação a 2010 (8,8l de álcool puro per capita). Estima-se que homens consumam 13,4l por ano e as mulheres 2,4l por ano. Vale destacar que o consumo está abaixo da média da região das Américas (8l de álcool puro per capita), porém maior do que a média mundial (6,4l).
Consequências do uso do álcool
No Brasil, o álcool esteve associado a 69,5% e 42,6% dos índices de cirrose hepática, a 36,7% e 23% dos acidentes de trânsito e a 8,7% e 2,2% dos índices de câncer, respectivamente, entre homens e mulheres em 2016 (última estatística).
As consequências do uso de álcool também oneram a sociedade, de forma direta e indireta, potencializando os custos em hospitais e outros dispositivos do sistema de saúde, sistema judiciário, previdenciário, perda de produtividade do trabalho, absenteísmo, desemprego, entre outros.
Efeitos do Álcool
Confira abaixo os efeitos do álcool em crianças e adolescentes, mulheres e idosos:
Crianças e Adolescentes
• Consumo, antes dos 16 anos, aumenta significativamente o risco de beber em excesso na idade adulta.
• Sequelas neuroquímicas, emocionais, déficit de memória, perda de rendimento escolar, retardo no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades, entre outros problemas.
• Maior exposição a situações de violência sexual.
• O alcoolismo entre 12 e 19 anos também eleva a chance de envolvimento acidentes de trânsito, homicídios, suicídios e incidentes com armas de fogo.
Mulheres
• Mais vulneráveis aos efeitos do álcool, devido a diferenças na composição biológica entre os gêneros.
• Maior chance de ter problemas relacionados com o álcool, com níveis de consumo mais baixos e/ou em idade mais precoce do que os homens.
• Aumento do câncer de mama e de ovário.
Idosos
• Apresentam quadros de depressão, irritabilidade, confusão mental.
• Sofrem deficiências nutricionais associadas ao uso crônico de álcool, que pode levar a quadros neurológicos e demenciais.
• Maior risco de problemas cardiovasculares.
• A ingestão de álcool em idosos pode provocar efeitos mais acentuados se comparado aos jovens de mesmo sexo e peso.
Fonte: Da Redação, com OMS e CISA
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