Menos da metade dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto. Quando o assunto é tratamento de esgoto, o desempenho ainda é pior e abrange apenas 39% da população, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), de 2013.
Esse foi um dos motivos que levaram as igrejas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) a enfocar o saneamento básico na Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE).
De acordo com a secretária-geral do Conic, pastora Romi Bencke, a ideia é dar visibilidade ao tema, sob a perspectiva do cuidado com a criação, aproveitando a oportunidade para tocar em uma problemática concreta.
Foto de: CNBB
Pastora Romi Bencke, do Conic,
ressalta que tema exige mudanças
concretas nas relações de consumo
“A falta e precariedade do saneamento básico nos afetam em todas as perspectivas: saúde, justiça ambiental, econômica”, aponta. Ela ressalta que a intenção é contribuir para que haja uma mobilização favorável aos Planos Municipais de Saneamento Básico, assim como convidar e provocar as pessoas a refletirem sobre o modo como vivem.
Para Romi, o saneamento básico é um tema que exige não só o comprometimento do poder público, mas de toda a sociedade. “Exige mudanças concretas na forma como vivemos: precisamos consumir menos, ser mais racionais na utilização da água, da energia elétrica, na nossa relação com o lixo”, explica.
A CFE, por meio das igrejas reunidas e de seus fiéis, pode ser uma grande aliada em favor da melhoria dos índices de saneamento básico no país.
A secretária-geral do Conic salienta que a principal ação é que, enquanto cidadãos, os leigos conscientizem as pessoas que integram os grupos em que estão inseridos sobre os impactos da precariedade dos serviços de saneamento nas comunidades e no meio ambiente.
Outra forma importante é chamar atenção para a urgência da mudança no estilo de vida, para que as gerações futuras tenham a possibilidade de usufruir da água e da natureza. “Não podemos ser egoístas a ponto de não assumir a preocupação com a continuidade da vida no planeta. Isso é um desafio e uma tarefa que as Igrejas devem assumir”, aponta Romi.
Organismos parceiros
Por ser ecumênica, este ano a coordenação da CFE ficará a cargo do Conic. O organismo contará com a parceria de muitas organizações, como a Misereor, que trabalhará o tema e o lema na Alemanha.
Além da Misereor, a parceria inclui as cinco igrejas que integram o Conic: Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e Sirian Ortodoxa de Antioquia.
O trabalho também terá como foco a mobilização dos jovens que integram essas igrejas, por meio da articulação de coletivos de juventudes como a Rede Ecumênica da Juventude, Pastoral da Juventude, Rede Fale e Movimento Jovem de Políticas Pública (MJPOP).
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