Por Allan Ribeiro Em Notícias

Cardeal faz balanço dos trabalhos na Amazônia

Na tarde desta sexta-feira (8) o arcebispo emérito de São Paulo (SP), cardeal Cláudio Hummes, fez um balanço das atividades da Comissão Episcopal para a Amazônia. Entre os aspectos reforçados, o cardeal destacou a criação de uma Igreja autóctone, com rosto amazônico. O presidente da Comissão apresentou que, apesar das dificuldades enfrentadas nas dioceses e prelazias, o que se vê é uma Igreja viva e dinâmica na região.

Foto de: Allan Ribeiro/JS

Dom Cláudio -Allan Ribeiro - JS

Cardeal Cláudio Hummes: “A Igreja terá rosto
amazônico na medida em que ela se envolve com a
história, com a cultura, com os sonhos desse povo”

Os esforços da Comissão têm se somado para estruturação de uma Igreja que se inculture cada vez mais na realidade dos povos amazônicos. Para dom Claúdio, é preciso desenvolver nos indígenas o protagonismo da própria história religiosa, os tornando sujeitos e, dessa forma, fazer emergir padres e bispos indígenas que possam guiar e conduzir a Igreja na região. “A Igreja terá rosto amazônico na medida em que ela se envolve com a história, com a cultura, com os sonhos desse povo”, destacou.

O presidente da comissão colocou que a falta de estruturação na região amazônica tem contribuído para migração dos católicos para outras religiões. “Têm muito poucos recursos e missionários. Isso faz com que ela [Igreja] não consiga marcar toda a presença que deveria marcar no meio no povo. Isso faz com que o nosso povo católico migre para outras crenças porque não estamos conseguindo ocupar nosso espaço através de nossos missionários e missionários”.

Em uma recente visita a ilha de Marajó, no Pará, o arcebispo emérito recordou as dificuldades enfrentadas pela população local, castigada pela pobreza e pelo abandono do poder público. O principal problema na região, como apresenta dom Claúdio, está no abuso sexual de crianças que, na maior parte, encontram a prostituição como caminho para sobrevivência. O cardeal ressaltou que o principal problema está na impunidade, na falta de fiscalização e que a Igreja local tem lutado para combater esse problema social.

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