Por Allan Ribeiro Em Notícias

CNBB repudia com veemência atos de corrupção

Os bispos reunidos em Aparecida (SP) apresentaram os avanços das discussões sobre a atual situação do país. Durante a 54ª Assembleia Geral (AG), a Conferência dos Bispos do Brasil exprimiu que a Igreja no Brasil, assim como, os bispos, padres e fiéis repudiam com veemência toda e qualquer atitude, ação ou plano de corrupção no país. O episcopado considera que a corrupção fere e desmancha o tecido social.

Foto de: Allan Ribeiro/JS

Dom Mol - Allan Ribeiro - JS

Dom Joaquim Giovani Mol: "Será necessário nós nos convencermos cada vez mais da necessidade de reformas muito mais profundas"

 

Como conseqüência dessa reprovação muito forte, a CNBB considera que a apuração de toda corrupção no Brasil deve ser implacável e que as pessoas envolvidas devem ser julgadas. O organismo coloca que as pessoas culpadas devem ser punidas rigorosamente em conformidade com a legislação do Brasil.

O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Giovani Mol, reforçou, durante coletiva de imprensa, que um texto está sendo produzido, abordando a situação pela qual o país atravessa. “Estamos em um momento de crises. Mas essas crises não são de agora. Só agora que estão expostas, abertas. Elas são muito antigas e vão levar muito tempo para serem recuperadas”, coloca.

A análise do episcopado parte da percepção de quatro realidades: cultural, econômica, social e política. Para cada um desses campos, eles buscam iluminações tendo como base a Doutrina Social na Igreja.

No aspecto cultural, a questão ética ganha corpo nas discussões. Segundo o bispo, é preciso vivenciar eticamente, seja no trabalho, na vida pessoal ou em outras atividades. A falta de ética tem propiciado abertura para a situação de corrupção, visualizada nos diversos setores país.

Em uma análise econômica, as reflexões apontam para que o sistema financeiro dialogue com a democracia, de modo que, clareie para o mundo econômico que há no Brasil muito que repartir. Dessa forma, pode-se colaborar para a diminuição das desigualdades sociais.

Na perspectiva social, a Igreja no Brasil vê como caminho reafirmar a importância das políticas públicas, universalizando os direitos que todos têm dentro da sociedade brasileira.

Na política, a tendência é reafirmar e fortalecer institucionalmente o país para que nenhuma crise difícil gere rupturas no Estado Democrático de Direito. Dessa forma, os bispos buscam que a Constituição seja respeitada e que as pessoas se convençam que esse é o caminho mais seguro.

O bispo auxiliar de Belo Horizonte finalizou ressaltando que será necessário nos convencermos, cada vez mais, da necessidade de reformas muito mais profundas. “Temos que espelhar todas essas reformas no campo da educação, tributário, previdenciário, etc, para que o país possa, não só, respirar aliviado, mas que possa ter um futuro, que não seja muito distante, próspero para todos”.

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