Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) contará com uma Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano. Após apresentação de proposta pelo Grupo de Trabalho (GT) que, desde 2012, atua na questão, o Conselho Permanente aprovou a continuidade do trabalho de promoção de conscientização, denúncia e incidência política diante de crimes que violem a dignidade humana.
Entre outras atribuições, a Comissão será responsável por definir um plano de ação da CNBB para fortalecer o enfrentamento ao tráfico humano, promovendo a articulação e o diálogo permanente entre as distintas iniciativas existentes no seio da Igreja no Brasil e em parceria com outros segmentos sociais. Também irá mapear as iniciativas pastorais e eclesiais relacionadas a essa temática e manter sua atualização. A nova estrutura será ainda incumbida de elaborar e implementar, de forma participativa, uma estratégia para ampliar a visibilidade do tráfico humano na Igreja e na sociedade.
A articulação e o apoio a processos formativos nos regionais da CNBB, para multiplicar a capacidade de levar adiante o Enfrentamento ao tráfico humano é outra atribuição da nova Comissão, que vai definir estratégias de incidência nas políticas públicas, na sociedade, e na Igreja para provocar mudanças nas estruturas e práticas que alimentam a existência do tráfico humano.
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Diante dos desafios de ampliar a visibilidade da problemática do tráfico humano na Igreja e na sociedade, além da necessidade de capacitar agentes de pastorais e lideranças sociais para o enfrentamento, incidir ações nos espaços públicos e identificar informações e dados a respeito da temática, o GT alcançou resultados expressivos em sua caminhada.
A Campanha da Fraternidade 2014, cujo tema foi Fraternidade e Tráfico Humano, reflete um dos principais resultados do trabalho do grupo. Na ocasião, foram intensificados os esforços na realização da CF, o que inseriu a temática em várias iniciativas da Igreja e ambientes de debate da sociedade. O GT também conseguiu incidência da questão nas políticas públicas, através de ações das organizações-membro, consolidando uma articulação em rede.
Na proposta apresentada aos bispos do Conselho Permanente, o GT recorda o Papa Francisco, que disse recentemente, no Vaticano, que “a Igreja é chamada a empenhar-se para ser fiel às pessoas, ainda mais se consideradas as situações onde se tocam as chagas e os sofrimentos mais dramáticos”.
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