Congresso reflete sobre desafios missionários na Igreja “em saída”

Cerca de 300 pessoas, entre seminaristas, reitores de seminários, formadores, bispos e convidados estiveram reunidos, entre os dias 9 e 12 de julho, em Belo Horizonte (MG), para debater os desafios missionários dos futuros presbíteros para uma Igreja em saída.

Sob o tema O missionário presbítero para uma Igreja em saída e o lema Ide sem medo para servir, o 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas aconteceu na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

Foto de: Divulgação / POM

Encontro foi oportunidade de debate, reflexão e discernimento, a partir de uma ampla programação com
palestras, conferências e mutirões pautados por palavras motivadoras: caminho, encontro, conversão,
convergindo para a chamada Igreja "em saída", proposta pelo Papa Francisco

O encontro foi oportunidade de debate, reflexão e discernimento, a partir de uma ampla programação com palestras, conferências e mutirões pautados por quatro palavras motivadoras: caminho, encontro, conversão, convergindo para a chamada Igreja “em saída” proposta pelo Papa Francisco.

Para o coordenador do Conselho Missionário de Seminaristas do Regional Leste 2 da CNBB, o seminarista João Luiz da Silva, da arquidiocese de Mariana (MG), o encontro é também oportunidade de desafiar os seminaristas para a missão.

Ele ressalta que o tema da missão pede que os aspirantes à vida religiosa estejam preparados para assumir o sacerdócio com muita responsabilidade e, ao mesmo tempo, com muita vontade de estar no mundo para servir o próximo.

“Penso que vai ajudar muito o jovem que quer seguir sua vocação como presbítero da Igreja e contribuir muito para o seu discernimento vocacional”, aponta o seminarista.

Na avaliação do secretário nacional da Pontifícia União Missionária, padre Jaime C. Patias, o Congresso foi um momento propício para refletir sobre a formação missionária dos futuros presbíteros, partilhar experiências, celebrar as graças recebidas e buscar novos caminhos para aprimorar a formação e as orientações da Igreja à luz da Palavra de Deus.

“A Igreja no Brasil tem uma certa caminhada de conjunto, então o Congresso ajuda a trazer seminaristas de todo o Brasil, para juntos partilhar experiências e incentivar uns aos outros”, reflete.

Ainda de acordo com Jaime Patias, o Brasil tem hoje 5.500 seminaristas e mais de 10 mil paróquias, o que daria meio seminarista. A proporção entre paróquias e padres é semelhante e, por isso, o Congresso também refletiu sobre a questão da redistribuição desses clérigos como incremento à evangelização.

Destaques da programação

O destaque do Congresso foi a série de quatro conferências sobre o tema central, abordando como o missionário presbítero deve agir para uma Igreja em saída.

Foto de: Divulgação / POM

Na sexta-feira, dia 10, o bispo auxiliar de São Luís (MA) e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Eclesial da CNBB, dom Esmeraldo Barreto de Farias, abordou o tema Os desafios da Missão para a formação do missionário presbítero.

No mesmo dia, a presidente do Conselho Nacional de Leigas e Leigos do Brasil (CNLB), Marilza Lopes Schuina, apresentou a conferência Visão dos leigos e leigas sobre a formação do presbítero.

No sábado, dia, 11, o cardeal dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, ministrou a conferência As interpelações do Papa Francisco sobre a formação do missionário presbítero.

A última conferência foi proferida pelo secretário executivo do Centro Cultural Missionário (CCM), padre Estêvão Raschietti, com o tema A missão ad gentes no ministério do missionário presbítero.