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Número de vagas de estágio registra aumento
de 11,23%
Mais de 256 mil estagiários foram contratados por empresas privadas e órgãos públicos em 2013. Um aumento de 11,23% em relação a 2012.Os dados são do último balanço de mercado realizado pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em todo o Brasil.
De acordo com o presidente executivo da instituição, Luiz Gonzaga Bertelli, o crescimento é fruto de uma mudança de mentalidade por parte dos empresários. “Cada vez mais empresas têm despertado para a importância social do estágio e descoberto nele uma excelente ferramenta para garimpar novos talentos”, explica.
A analista de treinamento Rafaela Gonçalves, do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), concorda. “Já existe uma demanda por esse tipo de profissional, porque é importante investir nos jovens que estão saindo das universidades para atrair novas ideias. Além disso, hoje a contratação de um estagiário é viável para a empresa financeiramente, por conta da isenção de impostos”, afirma.
Apesar dos incentivos, segundo a analista, foi-se o tempo em que as empresas viam os estágios como fonte de mão de obra barata. “O gestor que enxerga dessa forma não pensa estrategicamente.Não se trata só de contratar uma pessoa e não pagar imposto. Trata-se de investir em jovens, prepará-los para assumir cargos estratégicos na empresa e formar uma equipe de talentos”, ressalta.
Melhor remuneração
O crescimento não ocorreu apenas em relação ao número de vagas para estagiários. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Bolsa-Auxílio 2013, realizada pelo Nube, houve um aumento de 11,2% nos valores pagos a estagiários.Segundo o levantamento, a remuneração média do estagiário brasileiro é de R$ 859,45. A pesquisa ouviu cerca de 23 mil estagiários, de todos os níveis, entre outubro e novembro do ano passado,
Os resultados da pesquisa também apontaram o aumento salarial em todas as modalidades de estágio. Estudantes de nível superior recebem em média R$ 964,81. Para o superior tecnólogo, a bolsa auxílio atingiu R$ 884,00. O nível médio técnico passou a receber R$ 670,69. Já os estágios do ensino médio estão pagando, em média. R$ 513,73.
Na comparação entre sexos, o estudo aponta uma diferença significativa nos valores. Os rapazes recebem em média R$ 915,21. Já as moças têm remuneração média de R$ 819,63. A diferença é justificada pela quantidade maior de homens atuando no campo das ciências exatas, uma da áreas mais bem remuneradas. Contudo, a taxa de aumento para ambos foi praticamente igual, com leve vantagem para as mulheres.
Estágio é educação
Para a analista Rafaela Gonçalves, a velha resistência de sindicatos e profissionais em relação aos estágios, com medo de perder postos de emprego não existe mais. Segundo ela, as restrições agora estão relacionadas à grade curricular. “Hoje as instituições de ensino também são responsáveis pela realização dos estágios. Há cursos que não autorizam o estágio no primeiro ano ou barram determinadas atividades. Tudo isso visando uma educação melhor qualificada e também uma atuação do estudante que esteja de acordo com as atividades que são correlatas ao curso”, afirma.
Na opinião de Rafaela, não há um período ideal para que o estudante faça um estágio. “A gente indica que já inicie assim que possível, porque, como os cursos têm entre quatro e cinco anos, se não aproveita esses dois anos de estágio, o estudante vai para o mercado sem nenhuma experiência, o que ainda é muito cobrado pelas instituições de trabalho”, adverte.
Para ela, desde o início do curso, o estudante já deve ficar atento. “O quanto antes ele deve investir em estágio, buscar vagas a todo momento, inclusive nas próprias instituições de ensino. Quanto mais o jovem ficar antenado, melhor para ele, porque consegue colocar em prática o que aprende na teoria”, aconselha.
Arquivo / Nube
Rafaela Gonçalves: "As vagas não chegam de graça. É
preciso estar com o currículo atualizado, preparar-se e
buscar informações, pois muitas vagas são divulgadas
em sites especializados"
Falta qualificação
A analista aponta ainda alguns cuidados que o estudante deve ter, para que consiga um estágio. “As vagas não chegam de graça. É preciso estar com o currículo atualizado, preparar-se e buscar informações, pois muitas vagas são divulgadas em sites especializados. No nosso site eles também podem encontrar vagas”, indica.
Segundo ela, áreas como administração, sistemas de informática, comunicação social, engenharia, pedagogia e direito têm um número grande de vagas. Contudo, em muitos casos é difícil achar candidatos para preenchê-las. Um dos principais motivos é a falta de qualificação. “Há um déficit de pessoas que desejam atuar nas áreas de exatas, como engenharia, estatística e matemática. Agronomia, por exemplo, é uma das áreas que melhor remuneram, mas faltam profissionais”, alerta.
Outro fator para a dificuldade em preencher vagas, segundo a analista, é o fato de que muitos jovens só querem trabalhar em grandes organizações. “Hoje as pequenas empresas são as responsáveis pelo maior número de vagas abertas. Limitar muito essa visão acaba atrapalhando-o nesse início de carreira. O ideal é ele ampliar o leque, porque quanto mais rápido tiver oportunidade melhor”, diz.
Para Rafaela, além da aptidão e do talento, ao escolher uma profissão também é importante fazer uma análise do mercado de trabalho. “Quando for pensar que carreira pretende seguir, o jovem deve observar também as remunerações de cada área, o potencial de vagas, para que tenha uma ideia de como vai se posicionar quando terminar o curso”, afirma.
Para buscar vagas de estágio, acesse: https://www.nube.com.br
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