O bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ) e presidente reeleito da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, dom Francisco Biasin, enfatizou o sofrimento dos milhares de cristãos perseguidos por fiéis de outras religiões, durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira, dia 23, na 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Foto de: Deniele Simões / JS
Dom Biasin lembrou o martírio das pessoas que são
perseguidas por fundamentalistas islâmicos pelo fato
de professarem a fé cristã. Segundo ele, há vítimas
espalhadas pelo mundo todo, em países como Índia,
Egito, Nigéria, Tunísia, Indonésia, entre outros
Dom Biasin lembrou o martírio das pessoas que são perseguidas por fundamentalistas islâmicos pelo fato de professarem a fé cristã. Segundo ele, há vítimas espalhadas pelo mundo todo, em países como Índia, Egito, Nigéria, Tunísia, Indonésia, entre outros.
“Achamos por bem emitir uma mensagem a todos eles, porque esses irmãos que dão a vida e até o martírio para permanecerem fiéis a sua fé em Jesus Cristo são o maior testemunho que um cristão pode dar pela sua fé”, ressaltou.
O presidente da Comissão explica que os cristãos perseguidos – católicos e de outras denominações – vivem em contínua situação de ameaça, e são vítimas de estupros, destruição das residências que habitam e outros atos que afrontam a dignidade humana.
A Igreja solidariza-se com todos os cristãos perseguidos, através da oração. “Sentimo-nos unidíssimos a esses irmãos e não há distinção de igreja nesse momento”, salientou, lembrando que o sangue dessas pessoas acaba tornando-se semente de unidade entre todas as igrejas.
Concílio Vaticano II e Papa Francisco
Foi através do Concílio Vaticano II que a Igreja se abriu para o ecumenismo e o diálogo com outras religiões. “Um dos propósitos do Concílio foi a unidade dos cristãos”, destacou dom Biasin, ao falar sobre os 50 anos do encerramento do Vaticano II, que serão completados no dia 7 de dezembro e foram recordados em sessão solene no dia 17, durante a AG.
O encontro teve a participação de lideranças cristãs de várias denominações, com destaque o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). “Com alegria, todos participaram e se alegram conosco por esse evento que foi o maior do século passado”, acrescentou.
Dom Biasin também enalteceu o trabalho do Papa Francisco pela promoção da paz, que recentemente denunciou o extermínio de 1,5 milhão de armênios na Turquia, ocorrido no século passado. “O Papa usou o termo genocídio com muita coragem, enfrentando também críticas por parte do governo turco”, disse.
Para dom Biasin, é fundamental que a comunidade internacional possa reagir tomando atitudes concretas em relação à perseguição em massa de cristãos.
Para ele, a atitude concreta de enfrentamento deve ser não atacar, mas deter a violência. Outra conduta necessária é fazer como fez o próprio Cristo fez, ou seja, orar pelos perseguidos. “Nunca cultivar ódio no coração, mas responder à violência com a oração e o perdão, quando esse é pedido e fonte de conversão para o respeito à pessoa humana”, concluiu.
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