Por Allan Ribeiro Em Notícias

Dom Darci fala da nova missão em Diamantina

Nomeado no último mês pelo Papa Francisco para assumir uma das mais tradicionais arquidioceses do país, a de Diamantina (MG), dom Darci José Nicioli compartilha a gratidão que tem pelo Santo Padre em tê-lo designado a essa missão. Ele parte para Minas Gerais com muitas expectativas e se prepara para o trabalho pastoral que o aguarda.

Daqui, o religioso leva experiências adquiridas durante os 20 anos que esteve em Aparecida (SP) na função de missionário redentorista e de bispo-auxiliar. Pelo trabalho desenvolvido na arquidiocese e no Santuário, cultivou grande respeito por parte do clero e do povo de Deus em geral.

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Dom Darci - Reprodução

Dom Darci: “São 20 anos de trabalho aqui na
arquidiocese de Aparecida. Muito daquilo que
sou devo a Aparecida”

No Santuário Nacional foi protagonista e contribuiu para a ação evangelizadora na Casa da Mãe Aparecida. Ainda jovem sacerdote, foi convidado para ser administrador-ecônomo do Santuário, contribuindo para a recuperação, crescimento e estabilidade econômico-financeira. Posteriormente, como reitor, impulsionou a Campanha dos Devotos.

Sensível a realidade da comunicação, desenvolveu um profundo trabalho nesta área, que o conduziu a presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB).

Apesar de agora distante, dom Darci continua a acompanhar de perto os preparativos para o jubileu de 300 anos do encontro da Imagem de Aparecida nas águas do Rio Paraíba do Sul, como membro da comissão de bispos que conduzem as festividades.

A posse do 9º bispo da arquidiocese de Diamantina acontece dia 22 do próximo mês, às 15h30, na catedral metropolitana. Dom Darci conta um pouco como tem se preparado para o novo rebanho: 

Como o senhor recebeu essa notícia vinda do Santo Padre?

Dom Darci José Nicioli – Recebi com o coração missionário. De bispo-auxiliar eu vou como arcebispo, de uma arquidiocese histórica e tão querida. É esse coração missionário que me move. Vou para servir e me coloco a serviço de todos. 

Como o senhor vem se preparando desde então?

Dom Darci –Eu tenho rezado bastante, porque é preciso que nos coloquemos diante de uma missão na presença de Deus. Tenho feito isso. Venho pedindo a Deus para ver se essa é a vontade dele e pedindo que Ele esteja comigo. Eu estou disponível, mas sem Ele não faço nada. Por isso, o primeiro posicionamento é colocar-se diante de Deus. Depois é tentar conhecer a arquidiocese, ler sobre ela, saber sobre sua história, sobre os desafios. Tive uma conversa com dom João Bosco Oliver de Faria que já me colocou a par de toda a situação atual da arquidiocese. Um terceiro ponto é contar com a parceria dos padres. O que é um bispo sem padre? Não é ninguém. Conto agora com os meus padres para continuar o trabalho que o último arcebispo vem realizando com tanta competência.

Peço ao povo de Deus que reze por mim, que não esqueça do seu bispo. Estejam também eles na expectativa de manter o trabalho que vem sendo feito. Nós estaremos dispostos a estar servindo esse povo querido de Diamantina. 

O senhor tem dimensão do trabalho pastoral que irá encontrar nessa nova arquidiocese?

Dom Darci –Estou ainda me informando sobre tudo isso. São 34 municípios e muitos são muito pequenos e têm suas dificuldades. Sei da pobreza que graça por lá. Vamos estar à disposição para o trabalho e, na medida do possível, onde a mão da gente alcançar e a graça de Deus permitir, servir todo esse povo.

Nós estamos no Vale do Jequitinhonha, onde há vários municípios que têm muitas necessidades e como pastor isso me preocupa. É preciso que desenvolvamos uma obra social de forma a incluir aqueles que, por ventura, estejam marginalizados.

O trabalho já está sendo feito por dom João Bosco Oliver de Faria, que é o atual arcebispo. Ele já fez um trabalho maravilhoso nesses últimos oito anos, juntamente com os padres e as lideranças leigas. A nossa intenção é continuar todo esse trabalho e dentro das possibilidades dar a nossa contribuição. 

O que senhor leva de Aparecida?

Dom Darci – Levo muita saudade. São 20 anos de trabalho aqui na arquidiocese de Aparecida. Muito daquilo que sou devo a Aparecida. As dificuldades, as vitórias, também, porque não, os erros contrários, tudo isso me deu maturidade e me ensinou a decidir bem. Sou muito agradecido a aquidiocese de Aparecida, ao Santuário Nacional, aos missionários redentoristas que são minha família. O coração está apertado, mas feliz. Eu nasci para ser missionário. Sai de casa, em Minas Gerais, aos 14 anos, da cidade de Jacutinga (MG), com o mesmo espírito para ser missionário. 

Qual o recado o senhor dá para os mineiros que o aguardam?

Dom Darci – É um recado de mineiro para mineiro. De coração para coração. Vamos rezar juntos, vamos trabalhar juntos, vamos viver juntos. Eu sou um pastor e vou no meio de vocês como um pastor. Quero de coração repetir as palavras de Jesus Cristo a todos aqueles que são agora meus filhos e filhas. “Eu não vim para ser servido, vim para servir”.

 

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