Cerca de 300 diáconos estiveram reunidos em Aparecida (SP), entre os dias 23 e 26 de abril, para a 10ª Assembleia Geral da Comissão Nacional dos Diáconos (CND). Durante o encontro, que este ano teve caráter eletivo, os participantes celebraram os 50 anos da restauração do diaconato na Igreja pelo Concílio Vaticano II.
Na ocasião, o presidente da CNB, diácono Zeno Konzen, da diocese de Novo Hamburgo (RS), foi reeleito para o cargo com 68% dos votos, do total de 261 eleitores.
Para Zeno os dois principais desafios dos diáconos na atualidade são a distância e a formação. Ele cita, como exemplo, a dificuldade de deslocamento para a realização dos cursos de formação. “Como deslocar esses homens que, muitas vezes, ainda têm o trabalho profissional, a família e a comunidade, retirando-os 10 dias desse convívio para fazer a sua formação?”, questiona.
Foto de: Deniele Simões / JS
Assembleia eletiva da CND reúne cerca de 300 diáconos
em Aparecida (SP) e celebra 50 anos da restauração do
diaconato permanente
Ainda em relação ao tema, o diácono Zeno ressalta que a formação, conforme pede a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), deve ser de 1.000 horas-aula, que podem ser cumpridas de várias formas.
“Queremos muito mais capacitar pessoas para atuarem na comunidade, a partir da pastoral, a partir da realidade que lá existe, para ser um agente formador”, explica.
Hoje existem 3.400 diáconos permanentes no Brasil, atuando em 160 dioceses. Um dos desafios da CND é aumentar a abrangência da atuação desses servidores.
Os diáconos também receberam uma mensagem especial do episcopado, emitida durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB, de incentivo e reconhecimento ao trabalho prestado pelo diaconato.
“É uma carta de reconhecimento que louva a Deus e agradece por esse ministério tão importante na vida da comunidade e na vida dos próprios bispos”, salienta Zeno.
Programação
Realizada no Seminário Santo Afonso, a Assembleia teve início no dia 23, com missa presidida na Capela Santo Afonso. A celebração foi presidida pelo bispo emérito de Blumenau (SC), dom Angélico Sândalo Bernardino, e concelebrada pelo bispo emérito de Catanduva (SP), dom Antônio Celso Queiroz, que foram os dois primeiros bispos referenciais para a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Foto de: Deniele Simões / JS
Diácono Zeno Konzen, da diocese
de Novo Hamburgo (RS): reeleição
assegurada com 68% dos votos
Na manhã do dia 24, os diáconos participaram da missa de encerramento da 53ª AG, no Santuário Nacional, e tiveram a oportunidade de encontro com o episcopado nacional.
Os trabalhos foram abertos com a apresentação das chapas inscritas no processo eleitoral e composição da mesa. O arcebispo de Palmas (TO) e ex-presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB, dom Pedro Ênio Brito, falou sobre a importância da função do diácono.
“Primeiramente se é diácono, e esse diaconato é permanente. Hoje, sou arcebispo, mas nunca deixei, nunca posso deixar e viver sem a experiência do diaconato”, disse dom Brito, que começou a vida consagrada como diácono, em 1986, pouco menos de dois meses antes da ordenação sacerdotal.
Os trabalhos prosseguiram até domingo, com palestras formativas e momentos de reflexão, reunindo nomes como o padre Valter Goedert, diretor da Escola Diaconal; Júlio Bendinelli, dom Carmo João Rhoden, bispo diocesano de Taubaté (SP) e presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada do Regional Sul 1 da CNBB, entre outros.
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