Emprego temporário é boa opção para ingresso no mercado de trabalho

Muitos jovens ainda reclamam que não conseguem emprego por não terem experiência.

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Comércio deve criar 140 mil vagas de
emprego temporário, com chance de
efetivação em 30%. Modalidade pode
ser porta de entrada para jovens no
mercado de trabalho

De acordo com especialistas em gestão empresarial, há vários caminhos para a conquista de um lugar ao sol no mercado, mas as vagas temporárias podem ser uma boa opção para quem quer dar o pontapé inicial e ainda não tem experiência.

“Normalmente, as vagas temporárias são menos exigentes e contratam em um volume considerável”, aponta o palestrante, consultor especialista em Recursos Humanos e autor do best-seller O Poder da Atitude, Alexandre Silvink.

Ele acredita que esse tipo de emprego pode facilitar a entrada para o mercado formal, mas é preciso que o jovem queira, acima de tudo, buscar aprendizado, possibilidade de crescimento e realização.

Já a professora e diretora da DOM Brasil, Neusa Miguel, salienta que as vagas temporárias podem ser uma boa experiência para aqueles que não tiveram contato com o dia a dia do mercado profissional. Além disso, é preciso ter em mente que toda experiência é um possível diferencial no currículo do profissional.

Professora Neusa destaca que os contratos para trabalho permanente e temporário variam entre si. “A diferença entre os direitos do trabalhador temporário e do trabalhador permanente se dá basicamente na rescisão do contrato”, explica.

Segundo Neusa, o trabalhador temporário não tem direito ao aviso prévio e ao recebimento da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. Em contrapartida, fará jus ao 13º salário e férias proporcionais mais um terço.

Dicas importantes

Os especialistas entrevistados passam algumas dicas que podem ajudar os jovens na hora de concorrer a uma vaga de trabalho temporário.

“Em primeiro lugar, que o jovem busque despertar o interesse no recrutador, usando as qualificações que possui para causar uma boa impressão e se destacar entre os demais”, salienta Neusa.

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Alexandre Silvink: "Quem
demonstra vontade, geralmente
é aquele que tem grandes chances
de continuar e crescer na carreira"

Outra dica da profissional é ter consciência de que esse tipo de vaga abre as portas para o mercado de trabalho e, mesmo sendo temporária acrescenta experiência ao currículo. “Além disso, para quem mostra dedicação sempre existe a possibilidade de efetivação”, acrescenta. 

O consultor Alexandre Silvink lembra que o jovem precisa demonstrar que está com muita vontade de fazer aquilo que a empresa está propondo. “Quem demonstra vontade, geralmente é aquele que tem grandes chances de continuar e crescer na carreira”, justifica.

De acordo com o especialista, demonstrar vontade significa ter, acima de tudo, brilho nos olhos para o que se está fazendo e estar, a todo momento, buscando coisas para fazer e ajudando as pessoas que trabalham junto.

Ele ainda destaca três pontos fundamentais para que o candidato possa ser contratado: vontade, atitudes positivas e interesse pelo negócio – o que pressupõe entender de todas as áreas.

Onde estão as vagas

A proximidade do fim de ano é a melhor época para quem deseja conseguir uma vaga de trabalho temporário. Segundo Silvink, isso acontece em função das compras de Natal.

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta a abertura de 140 mil vagas temporárias até o final do ano, sendo que aproximadamente 30 mil delas devem ser transformadas em efetivas.

As principais áreas que contratam são o comércio – lojas que vendem produtos – e as indústrias, que são as empresas responsáveis pela fabricação desses produtos.

A diretora da DOM ressalta que a área comercial torna-se atraente nesse período do ano em função do pagamento do 13º terceiro e também pela possibilidade de comissionamento pela performance em vendas.

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Para Neusa Miguel, da DOM Brasil, jovem deve despertar
interesse no recrutador, usando qualificações que possui
para causar boa impressão e se destacar

Já em relação à indústria, a expectativa é que 30 mil pessoas sejam contratadas no final de ano, conforme dados divulgados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).