Comunidades católicas como a Canção Nova, Shalom, Vida Nova, entre outras, surgiram a partir da abertura aos leigos proposta pelo Concílio Vaticano II.
Grande parte dos membros que deram origem a essas comunidades era composta por jovens, que expandiram seus horizontes inspirados pela vontade de levar a Boa-Nova a mais pessoas.
O crescimento de novas comunidades é algo que marca o atual momento da Igreja Católica e, nesse sentido, aumenta também a preocupação com a formação de lideranças.
Entre os dias 14 e 19 de julho, acontece o II Encontro Nacional de Jovens Líderes dos Movimentos e Novas Comunidades, na cidade de Belém (PA). O evento é uma promoção da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Foto de: Reprodução
Iniciativa vai debater papel da juventude
na evangelização
Com o tema Saiamos para anunciar a vida de Jesus Cristo e o lema Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15), o encontro terá momentos de formação, missão, atividades culturais e comunhão entre os mais diversos carismas, a fim de refletir sobre a evangelização juvenil no Brasil por meio desses carismas.
Segundo o assessor nacional da Comissão, padre Antônio Ramos do Prado, o padre Toninho, a expectativa é que o encontro fortaleça o aspecto missionário e de comunhão entre as várias expressões juvenis.
A organização do evento espera receber 700 participantes, além de bispos e convidados de todo o país, sendo que cada movimento ou nova comunidade poderá inscrever até 15 jovens líderes da expressão (de 18 a 29 anos), mais dois assessores adultos.
Padre Toninho explica que a cidade de Belém foi escolhida por ser uma das regiões missionárias da Amazônia e também por abrigar o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, um dos mais antigos do país.
De acordo com a organização, os participantes terão a oportunidade de vivenciar dias intensos de atividades no ENJMC. Além da programação, os jovens e assessores conhecerão a realidade da Igreja na Amazônia, as experiências de missões da arquidiocese de Belém, vão participar de shows e saber mais sobre a rica história da capital paraense que, atrai, todos os anos, no mês de outubro, cerca de dois milhões de pessoas para o Círio de Nazaré.
Ainda segundo os organizadores, os dias de encontro serão uma oportunidade para que os jovens troquem experiências e partilhem o carisma do movimento ou nova comunidade a que pertencem.
Aprofundamento da missão
De acordo com padre Toninho, esse encontro tem um caráter mais missionário do que a edição anterior. Acerca do tema e lema, ele ressalta que a ideia é “estar em sintonia com as orientações do Papa Francisco”.
Foto de: CNBB
Para padre Toninho, encontro
em Belém ajudará a Pastoral
Juvenil a conhecer melhor
movimentos e novas
comunidades existentes no país
O religioso lembra que os movimentos e novas comunidades têm um papel muito importante na missão evangelizadora da Igreja. “Aprofundar os documentos da Igreja e anunciar e testemunhar o Evangelho, a partir das orientações da Igreja, fugindo do fundamentalismo que seca a vida de muitos jovens na Igreja hoje”, explica.
Na opinião do sacerdote, a participação dos jovens nas novas comunidades e movimentos tem como objetivo fortalecer a espiritualidade dos mais diversos carismas e ampliar a compreensão que eles têm da Igreja.
Padre Toninho ressalta ainda que o encontro em Belém ajudará a Pastoral Juvenil a conhecer melhores os vários movimentos e novas comunidades da Igreja existentes no país.
“Também é uma oportunidade para colocar os jovens a par do Projeto ‘Rota300’”, salienta. O projeto missionário é uma iniciativa da Comissão, em parceria com o Santuário Nacional de Aparecida para celebrar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora nas águas do rio Paraíba do Sul.
Com o tema 300 anos de bênçãos: com a Mãe aparecida, Juventude em Missão, o projeto consiste na peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas dioceses de todo o país, entre 2015 e 2017. Esse projeto vai até 2017.
Novas comunidades
Os ares do Concílio Vaticano II (1962-1965) favoreceram o surgimento das chamadas “novas formas de vida evangélica”, com destaque para os movimentos eclesiais e as comunidades novas, hoje chamadas de novas comunidades.
As novas comunidades têm como base as novas inspirações adaptadas dos Institutos de Vida Consagrada da Igreja Católica. O grande diferencial dessa nova forma de vivenciar a palavra de Deus é a vida comunitária formada por sacerdotes e leigos. São homens e mulheres que trabalham juntos em favor da evangelização.
As primeiras comunidades que adotaram esse modelo surgiram na década de 1970, na França e nos Estados Unidos. No Brasil, começaram a surgir entre as décadas de 1980 e 1990.
Foto de: Reprodução
Novas comunidades se expandem pelo mundo,
buscando viver o Batismo de modo autêntico
Desde então, essas comunidades foram se expandindo pelo mundo, como uma forma nova de as pessoas consagrarem-se a Deus a partir de um carisma e, sob o dom e a radicalidade desse carisma, viverem o Batismo de modo autêntico em um mundo dilacerado pela secularidade.
A maior parte delas é formada por leigos e padres engajados nos projetos de evangelização diocesanos oriundos, em aspecto mais comum, da Renovação Carismática Católica.
As novas comunidades tiveram como ápice a convocação feita pelo então Papa João Paulo II, em 1998, no Vaticano. Reunido com membros de milhares de comunidades de todo o mundo, o Pontífice reconheceu a existência delas, dando um impulso motivador quando as chamou de “nova primavera da Igreja”.
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