A quase um mês das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os candidatos estão na reta final de preparação para a maratona de testes e, para isso, muitos deles têm uma rotina intensa.
A coordenadora de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio do Carmo, em Santos (SP), Paula de Freitas Denari, assegura que é possível conciliar os estudos com as atividades do dia a dia, bastando organização. “Criar uma tabela de estudo simples, mas bem-feita, na qual o aluno colocará os dias e horários em que vai estudar, e deixar um tempo livre para ler, ver um filme e buscar informações atuais”, ensina.
Isabella Schneider, de 17 anos, mantém uma rotina de preparação, dentro e fora da escola. Além das aulas voltadas ao vestibular, ela se organiza para continuar os estudos depois que sai do colégio. “Faço uma revisão dos conteúdos de estudos pela manhã e aplico meus conhecimentos com base em questões anteriores do vestibular”, conta a aluna do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Concórdia, em Campo Limpo (SP).
Isabella tem como meta no Enem atingir uma pontuação que permita o ingresso em uma boa faculdade de Engenharia de Produção. Mesmo estudando bastante, ela tem consciência de que também precisa se dedicar às atividades do dia a dia, para que não fique sobrecarregada.
Para Luisa Mesquita Garcia, aluna do 3º ano do Colégio do Carmo, o Enem tem sido mais difícil a cada ano e não deve ser diferente em outubro. “É uma prova longa e cansativa, por isso é preciso preparação e controle emocional”, opina.
Luisa estuda na escola na parte da manhã e, à tarde, em um cursinho preparatório. Ela também faz curso de redação, filosofia e atualidades, dedicando-se de 10 a 12 horas por dia durante a semana. A revisão e a prática dos conteúdos acontecem nos fins de semana.
A estudante procura seguir uma rotina para facilitar a organização do tempo, sem se esquecer do lazer. “A carga de estudos é muito grande e, se eu não tiver tempo para relaxar, ficarei estressada, o que afetaria meu desempenho”, explica.
Escolas também se adaptam
Os resultados do Enem têm sido cada vez mais usados como parâmetro para o acesso às universidades e, por isso, sai na frente quem estiver bem preparado. Não é à toa que as escolas vêm dando uma atenção cada vez mais especial para o Enem.
Edson Wander Eller, diretor do Colégio Concórdia, explica que o currículo do ensino médio é distribuído em dois anos e meio para que, no último semestre, os alunos possam trabalhar a revisão dos conteúdos preparatórios para o Enem e vestibulares.
“Outra prática é a aplicação de simulados desde o primeiro ano”, explica o diretor da escola, ligada ao grupo A Educacional. Além disso, reforços e recuperação de estudos aos sábados são disponibilizados aos alunos que têm mais dificuldades ou quando existe a necessidade de alguma complementação ou aprofundamento nas matérias.
No Colégio do Carmo, a preocupação com o Enem começa no ensino fundamental. “O colégio prepara o aluno desde o início, ao pensar o ensino voltado às competências e habilidades, como versa o Enem”, explica a professora Paula.
Outro cuidado é tornar o aluno apto a enfrentar uma prova estilo maratona, como o Enem. Isso acontece graças à aplicação de provas nos moldes de um vestibular para todo o Ensino Médio e Fundamental, além de simulados específicos para o terceiro ano. No Colégio Concórdia, os alunos participam de simulados desde o primeiro ano do Ensino Médio, mas esse tipo de prova também ganha peso no último ano.
De acordo com Eller, alguns desses simulados são preparados pelos próprios professores, que formulam as questões. “Também participamos dos simulados oferecidos pelos sistemas de ensino, com parâmetros de comparação que nos possibilitam direcionar mais atenção a determinado conteúdo que possa trazer mais dificuldade para o aluno”, justifica.
O diretor salienta que o Ensino Médio exige do aluno muita dedicação, entusiasmo e foco na preparação para o Enem e, por isso, os simulados servem para testar o aprendizado antes da prova.
Na opinião da professora Paula, não existe uma receita “milagrosa” para se dar bem no Enem. “Não existe Mãe Dinah nessa hora. O importante é seguir uma cartilha básica: dormir bem, comer alimentos leves, não abrir mão de um bom filme, da companhia das pessoas importantes e não tentar desvendar os mistérios da prova”, opina.
O professor Edson Eller passa outras dicas para o dia da prova:
- Acorde cedo e saia de casa com muita antecedência. É melhor chegar antes do que passar perrengue para chegar ao local e perder a concentração para a prova, por causa do estresse;
- No dia anterior às provas, separe o RG e o material de prova, para não correr o risco de esquecê-los;
- Faça uma alimentação balanceada;
- Dê preferência às matérias que você tem mais facilidade, começando por elas;
- Responda as questões mais difíceis por último;
- Não deixe nenhuma questão sem resposta, mesmo que, para isso, você precise “chutar”.
Anote algumas dicas que vão ajudar você a estudar melhor:
- Encontre a melhor forma de complementar os estudos;
- Defina um horário após as aulas para a leitura;
- Participe de grupos de estudos;
- Faça exercícios complementares;
- Participe de diversos simulados, incluindo os on-line.
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