O ano de 2014 foi de muito trabalho e empenho para o Papa Francisco. O período foi marcado por cinco viagens internacionais, encontros com líderes religiosos de várias denominações, assim como a canonização e a beatificação de religiosos oriundos de várias regiões do Planeta.
Foto de: Reprodução / News.va
Cerimônia de beatificação dos Papas João XXIII e
João Paulo II, no Vaticano
Em março, Francisco completou um ano de pontificado e continuou destacando-se pela simplicidade, coragem e coerência em seus atos.
Francisco permaneceu aberto ao diálogo com outras religiões e, durante seus pronunciamentos e viagens apostólicas, fez fortes apelos pela paz no mundo.
Em abril, ele promoveu a canonização de dois dos Papas mais populares da história da Igreja: João Paulo II, o Papa Peregrino, e João XXIII, o Papa Bom, em cerimônia promovida na Festa da Divina Misericórdia, em Roma, com público estimado em cinco milhões de pessoas. Também em abril, Francisco assinou um decreto proclamando a santidade do beato José de Anchieta, Apóstolo do Brasil.
Em maio, Francisco fez sua primeira viagem apostólica do ano, peregrinando por três dias pela Terra Santa. A visita do Pontífice aos locais sagrados proporcionou às comunidades uma palavra de esperança. Ele passou por quatro cidades localizadas na Jordânia, Israel e territórios palestinos cumprindo um roteiro que incluiu visitas e reuniões a líderes políticos e religiosos.
A peregrinação foi também a ocasião para confirmar na fé as comunidades cristãs e exprimir a gratidão de toda a Igreja pela presença dos cristãos naquela região e em todo o Oriente Médio. A visita foi um gesto claro pela unidade e a reconciliação dos cristãos.
Foto de: Reprodução / News.va
Papa Francisco e lideranças ortodoxas durante visita
apostólica à Terra Santa
Em agosto, Francisco cumpriu roteiro de cinco dias em visita à Coreia do Sul, onde demonstrou, mais uma vez, imensa preocupação com a paz no mundo e a intolerância religiosa. Lá, Francisco participou da VI Jornada Asiática da Juventude e beatificou 124 mártires católicos.
Em 2014, Francisco também assinou o decreto de beatificação da religiosa scalabriniana, madre Assunta Marchetti, cofundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeio.
No mês de setembro, o Pontífice visitou Tirana, capital da Albânia. O país é dirigido por uma coalizão entre muçulmanos, católicos e ortodoxos. Francisco ressaltou que o clima de respeito e confiança recíproca entre católicos, ortodoxos e muçulmanos é um bem precioso para o país.
No final de outubro, o Pontífice teve uma audiência com lideranças de movimentos populares. Ele deixou claro que a perspectiva de um mundo da paz e da justiça duradouras exige superar o assistencialismo paternalista, criar novas formas de participação que incluam os movimentos populares e anime as estruturas de governo locais, nacionais e internacionais com essa torrente de energia moral que surge da incorporação dos excluídos na construção do destino comum.
Foto de: Jeon Han / República da Coreia
Multidão de 800 mil fiéis acompanhou missa de
beatificação dos 124 mártires coreanos, em Seul
Em novembro, Francisco discursou à conferência das Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) sobre nutrição e criticou a ganância, que dificulta o combate à fome. Ele ressaltou que o direito à alimentação só será garantido se houver uma preocupação com as pessoas que sofrem com a fome e a desnutrição. Segundo o Pontífice, muito se fala de direitos, mas os deveres são esquecidos frequentemente.
No dia 23, em cerimônia na praça de São Pedro, no Vaticano, o Pontífice promoveu a canonização de mais seis santos, dentre eles uma freira de origem indiana.
No final de novembro Francisco esteve no Parlamento Europeu e Conselho da Europa, onde pediu para que a Europa retome a postura de liderança global e solicitou mais compreensão com a situação dos milhares de refugiados que chegam ao continente.
Foto de: L'Osservatore Romano
Papa Francisco e representantes de movimentos
sociais de vários países durante encontro em Roma
A última viagem apostólica foi para a Turquia, entre 28 e 30 de novembro, quando fez um apelo por maior diálogo entre religiões para conter o fanatismo e o fundamentalismo.
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