Por Deniele Simões Em Notícias

IAM estimula protagonismo infanto-juvenil na Igreja

Presente em todos os continentes, em mais de 130 países, a obra pontifícia da Infância e Adolescência Missionária (IAM) tem grande projeção no Brasil e no continente americano.

Foto de: Deniele Simões / JS

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Padre André Luiz de Negreiros foi criança da IAM e agora
coordena obra nacionalmente

Apenas nas Américas, 260 mil crianças e adolescentes são atendidos. Uma grande parte desses trabalhos está concentrada no Brasil, que possui 30 mil grupos, distribuídos em todas as dioceses do país.

No Brasil, a IAM tem um coordenador em cada estado que, em sintonia com o secretário nacional, oferece suporte à formação para o acompanhamento dos grupos.

De acordo com o secretário nacional da IAM, padre André Luiz de Negreiros, o objetivo do trabalho é fazer com que as crianças e adolescentes assumam seu protagonismo.

Eles têm a missão de rezar todos os dias pelas crianças e adolescentes ao redor do mundo e, uma vez por mês, ofertam sacrifício material. “Tiram uma parte da mesada que recebem para fazer o cofrinho e ajudar crianças que passam fome na África e em outros continentes”, explica o sacerdote, que iniciou sua missão na Igreja dentro da IAM, quando ainda era criança.

Existem parcerias entre a IAM e outros organismos da Igreja, permitindo arrecadar recursos, por exemplo, para a confecção da multimistura da Pastoral da Criança, que ajuda a salvar vidas de milhares de crianças desnutridas.

Alguns exemplos

Aparecida Alves integra o Conselho Missionário do Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e é membro da IAM na diocese de Itabira (MG).

Para ela, os desafios da IAM são os mesmos ligados à missão da Igreja: sair e ir ao encontro das pessoas. “A gente sempre fala que é fácil reconhecer Jesus na Eucaristia, na Palavra, mas o desafio de perceber a presença de Deus no outro é o que nos impulsiona”, conta.

Foto de: Deniele Simões / JS

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Irmã Augusta: "A minha alegria é
formar novas pessoas a aproximar as
crianças de Jesus

Segundo a missionária, há muitas pessoas carentes da palavra de Deus e de dignidade. A IAM acaba agindo localmente para trazer conforto a essas pessoas, mas de modo global.

Ela diz que a proposta da IAM converge com a cultura do encontro pregada pelo Papa Francisco. “Ele nos exorta para que não percamos a esperança e a alegria de sermos missionários, de transbordar essa vida em plenitude para todos”.

A irmã Maria Augusta da Silva coordena a IAM na diocese de Campina Grande (PB), onde uma equipe de articulação atua com a formação de crianças e adolescentes para assumir a missão.

O trabalho estimula as crianças e adolescentes a assumirem a missão com os adultos. Para a religiosa, as ações com as crianças e jovens é uma grande satisfação porque propiciam conhecimento sobre Cristo. “A minha alegria é formar novas pessoas; é fazer com que as crianças aproximem-se de Jesus e, a partir disso, sejam salvas para o resto da vida”, pontua.

A Copa e o tráfico humano

A Copa do Mundo de Futebol abre alerta para a exploração sexual de crianças e jovens, através do tráfico de pessoas. Como o tráfico é objeto da Campanha da Fraternidade, o tema foi repercutido com as crianças e jovens com antecedência.

“A IAM observa a realidade da criança e está em sintonia para alertar sobre algumas situações em evidência, como tráfico humano, adoção ilegal, pobreza, fome, gravidez precoce, erotização precoce, mundo virtual, consumo infantil, entre outras”, detalha padre André.

Irmã Augusta reforça que o tema da CF é muito profundo, já que muitas crianças e adolescentes são violentados. Nesse sentido, há todo um trabalho de conscientização que advém da própria evangelização.
“Essa é uma realidade que acontece no mundo todo e as crianças da IAM aprendem que não é só aqui que podem estar colaborando”, conclui.

Congresso em Aparecida reúne mais de 700 participantes

Foto de: Deniele Simões / JS

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Para Aparecida Alves, perceber a
presença de Deus no outro
impulsiona o trabalho no IAM

Um evento no Santuário Nacional de Aparecida reuniu mais de 700 animadores leigos e religiosos que atuam com a infância e a adolescência missionárias de 17 países, entre os dias 23 e 25 de maio.

Com o tema IAM da América a serviço da missão e lema Vocês são meus amigos! (Jo 15-14), o I Congresso Americano da Infância e Adolescência Missionária (IAM) foi uma oportunidade de troca de experiências entre os animadores que acompanham as crianças e adolescentes atendidos.

Segundo o diretor das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil, padre Camilo Pauletti, a escolha do tema do Congresso deu-se pelas comemorações do Ano da Infância Missionária, celebrado entre maio de 2013 e maio de 2014.

Ele acredita que o intercâmbio deve favorecer a criação de mais esperança e alegria no trabalho para as coordenações, assessores e animadores. Outra consequência é a percepção do valor do trabalho missionário com as crianças e adolescentes.

A secretária-geral da Pontifícia Obra da Infância Missionária, Jeane Baptistine Ralamboarison destacou o evento como momento de intercâmbio de experiências entre os países. “Isso é importante para a animação missionária. Assim, a IAM crescerá e se fortalecerá”, disse Jeane, que veio de Roma especialmente para a ocasião.

As atividades do Congresso aconteceram no Santuário Nacional e em escolas de Guaratinguetá, com a partilha de ações realizadas nos 16 países da América e em Angola, que participou como nação convidada.

A Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária foi fundada por dom Carlos Forbin-Janson, bispo de Nancy, França, em de maio de 1843, tendo sido declarada Pontifícia pelo papa Pio XI em 1922.

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