Papa Francisco tem dedicado um olhar especial ao clero. Não apenas aos ministros ordenados, que já desempenham o papel de pastoreio, mas também aos que estão em processo de discernimento vocacional, nos seminários. É um cuidado mútuo com aqueles que cuidam e zelam pela Igreja e o povo que a cerca. E essa forma de agir tem mostrado um novo rosto, que se apresenta mais fraterno e comunitário.
Foto de: Arquivo JS
Dados da Santa Sé mostram um aumento no número de padres em 2015
A congregação para o Clero, no Vaticano, tem enfatizado três seguimentos: a pastoral vocacional, a formação inicial nos seminários e a pastoral permanente do clero. A formação caminha para ser contínua, permanente, gradual e sistemática.
O secretário de Seminários da Congregação para o Clero, dom Jorge Patrón Wong, afirma que pouco a pouco está se construindo uma realidade de formação permanente, que motiva todo o clero e faz com que o Espírito Santo suscite nas gerações jovens o desejo dessa formação permanente.
“Encoraja-nos saber que os sacerdotes mais velhos estão abertos e dispostos à formação permanente. Anima-nos ver bispos que experimentam como prioridade pastoral, a pastoral dos presbíteros, zelando pelo cuidado das vocações sacerdotais. Encoraja-nos saber como pode-se unir a pastoral presbiteral, a formação nos seminários e a formação permanente dos presbíteros”, expressa o bispo.
Dados da Santa Sé mostram que em 2015 houve um aumento de mil sacerdotes em todo o mundo. O crescimento aponta principalmente para a África, a Ásia e as Américas. Nos últimos anos, a Igreja nesses continentes tem mostrado elevação tanto no número de católicos quanto de vocações sacerdotais.
Dom Patrón ressalta que os resultados nesses continentes vêm de Deus, mas, também, da maneira como se vive o sacerdócio e se realiza uma pastoral vocacional nessas regiões. Ele acrescenta que isso tudo compromete a Igreja a trabalhar no Brasil, na América Latina e em outras partes do mundo, para que as sementes que foram colocadas por Deus possam crescer e se desenvolver.
Sobre a realidade do Brasil, o arcebispo fala que há muitos jovens que têm inquietudes vocacionas, mas precisam de acompanhamento personalizado da Igreja, pela pastoral, e de formação, nos seminários, para que possam ir desenvolvendo a sua resposta ao chamado do Pai.
“Deus produz sempre, e vem produzindo no Brasil vidas cheias de santidade, de serviço e de amor em muitos sacerdotes. Isto devemos a Jesus e a Nossa Senhora Aparecida que cuidam de cada sacerdote brasileiro e abraçam cada seminarista jovem do Brasil. Também se deve ao povo brasileiro que reza e mantém firme humanamente e espiritualmente seus sacerdotes”, destaca o religioso mexicano.
Ele deseja que realidade do Brasil cresça porque acredita que é necessário que ela se desenvolva ainda mais. O secretário da Congregação coloca que o país é um grande continente, mas necessita sair ao encontro de tantos irmãos brasileiros que necessitam escutar o anúncio do Evangelho. Na visão dele, isso, unicamente, poderá se realizar se os bispos, os presbíteros, a vida consagrada e os fiéis laicos trabalharem juntos com alegria.
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